MST ocupa latifúndio em SC em resposta à paralisia da Reforma Agrária
Por Rui Fernando
Da Página do MST
Por volta de cem famílias do Acampamento Filhos do Contestado, em Santa Catarina ocuparam outro latifúndio improdutivo no município de Timbó Grande, no planalto norte do estado.
Por Rui Fernando
Da Página do MST
Por volta de cem famílias do Acampamento Filhos do Contestado, em Santa Catarina ocuparam outro latifúndio improdutivo no município de Timbó Grande, no planalto norte do estado.
“Trata-se da Fazenda Faquibrás com uma área de 4120 hectares, onde há muito tempo crimes contra a sociedade e a natureza são cometidos e acobertados pelo manto da impunidade”, disse a nota divulgada pela direção estadual do Movimento.
As famílias que se encontram na área desde quarta-feira (7) denunciam que desde o final da década de 90, as diversas ocupações da propriedade são seguidas de métodos de violência e intimidação pelos que detêm o poder econômico e político local.
“Não bastassem a violência, as mentiras e o despejo dessas famílias, os latifundiários utilizaram essas terras até agora para o roubo escancarado de madeiras nativas, sendo a araucária e a imbuia as preferidas”, declarava a nota.
As famílias do Acampamento Filhos do Contestado estavam há cinco meses ocupando uma área de 254 hectares da empresa estrangeira Terra Master, também em Timbó Grande, aguardando uma posição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que por determinação da justiça agrária deveria ter assentado as famílias. Diante da imobilização por parte do governo, as famílias decidiram intensificar a luta e ocupar outra terra.
Dessa vez , tendo em vista principalmente a quantidade de crimes ambientais pelos quais a empresa Faquibrás Reflorestamento responde, os Sem Terra acreditam que tanto a Justiça Agrária quanto o Incra encontrem de forma mais rápida uma saída para a solução do conflito.
Nesse sentido, as famílias esperam que a audiência de conciliação marcada para 20 de novembro traga bons resultados para a justiça social e a soberania popular.