Sem Terra bloqueiam três rodovias no DF pelo abandono da Reforma Agrária


Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST


Cerca de 300 trabalhadores rurais do MST bloquearam três rodovias no Distrito Federal, nesta quarta-feira (21). As rodovias trancadas foram as BRs 040 e 020 e a estrada próxima a Brazlândia.


Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST

Cerca de 300 trabalhadores rurais do MST bloquearam três rodovias no Distrito Federal, nesta quarta-feira (21). As rodovias trancadas foram as BRs 040 e 020 e a estrada próxima a Brazlândia.

Segundo as lideranças Sem Terra, o objetivo do bloqueio é chamar a atenção do governo do DF sobre a falta de uma política de estado para a Reforma Agrária, além de demarcar uma posição contrária a reintegração de posse do acampamento 22 de agosto, onde cerca de 600 famílias do MST e do MATR estão acampadas desde agosto último.

Há tempos que os Sem Terra da região tentam marcar uma audiência pública com o governador Agnelo Quiroz, para que fosse discutida uma política de Reforma Agrária para a região. Entretanto, essa reivindicação nunca foi atendida.

Fazenda Gama

De acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, a fazenda Gama mede 4093 hectares e possui alto valor imobiliário. Segundo a PF, as terras foram adquiridas de Matheus Paiva Monteiro, que se intitula proprietário delas, por R$ 2 milhões. O inquérito informa que 35% da fazenda foi adquirida em dezembro de 2010 pelo grupo formado por Cachoeira, Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, e Rossine Aires Guimarães, empreiteiro que doou pouco mais de R$ 4,3 milhões às campanhas dos governadores tucanos Marconi Perillo, em Goiás, e Siqueira Campos, no Tocantins.

A negociação previa que os compradores arcariam com os custos e responsabilidade da regularização de 100% da área junto aos órgãos públicos. Até dezembro de 2010 não existia registro da área nos cartórios do DF e a propriedade da área era questionada pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). Também não havia registro do geo-referenciamento no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou da reserva legal no Instituto Brasiliense de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibram), afirmam os documentos da Operação Monte Carlo.