Entidades marcham em solidariedade ao povo palestino em Porto Alegre


Por Patrícia Benvenuti
Do Brasil de Fato


Os participantes do Fórum Social Mundial Palestina Livre promoverão, na tarde desta quinta-feira (29), uma marcha pelas ruas de Porto Alegre (RS). A mobilização marca o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, celebrado em 29 de novembro.

A caminhada é considerada a abertura oficial do evento. No entanto, algumas atividades já ocorrem desde quarta-feira (28). A concentração da marcha será às 17h no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha.


Por Patrícia Benvenuti
Do Brasil de Fato

Os participantes do Fórum Social Mundial Palestina Livre promoverão, na tarde desta quinta-feira (29), uma marcha pelas ruas de Porto Alegre (RS). A mobilização marca o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, celebrado em 29 de novembro.

A caminhada é considerada a abertura oficial do evento. No entanto, algumas atividades já ocorrem desde quarta-feira (28). A concentração da marcha será às 17h no Largo Glênio Peres, no centro da capital gaúcha.

Ainda na quinta-feira, movimentos sociais realizarão a Marcha dos Sem, protesto que ocorre todos os anos no Rio Grande do Sul. Com o tema “Pelo fim de todos os muros”, as organizações começam a se reunir às 15h na Praça Otávio Rocha. No final do dia, as duas marchas se juntarão e seguirão rumo à Usina do Gasômetro, onde haverá apresentações artísticas a partir das 20h.

Fórum

O Fórum Social Mundial Palestina Livre está sendo realizado nesta semana em Porto Alegre. Idealizado pelas entidades que promovem o Fórum Social Mundial (FSM), o encontro temático visa a dar visibilidade à questão palestina e demonstrar o apoio de diversas organizações ao redor do mundo ao povo palestino.

Delegações de 36 países integram o Fórum, que inclui cinco conferências, oficinas, seminários e diversas ações autogestionadas. Segundo os organizadores, entre cinco e seis mil pessoas devem participar das atividades.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (28) na Usina do Gasômetro, o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim Al Zeben, agradeceu o apoio e a solidariedade das organizações brasileiras. Al Zeben fez questão de frisar o caráter pacífico do Fórum que, de acordo com ele, pretende apenas discutir uma solução para o povo palestino. “O Fórum não está dirigido contra qualquer etnia ou religião”, garantiu, referindo-se às críticas sofridas pelo Fórum. Ainda na fase de organização do evento, diversas entidades que representam a comunidade judaica repudiaram o encontro, alegando que sua realização poderia gerar algum tipo de violência ou hostilidade contra seus membros.

O presidente da Federação Palestina, Elayyan Aladdin, também lamentou os ataques e afirmou que, graças ao empenho das organizações brasileiras, a ideia pôde seguir adiante. “Quero agradecer a solidariedade das entidades”, disse. “Apesar dos tensionamentos e das tentativas de desqualificar esse Fórum, ele foi construído de forma democrática e pacífica”, completou.

Para o Secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, o Fórum é também uma forma de demonstrar o descontentamento das organizações sociais e sindicais brasileiras em relação à situação vivida pelos palestinos. “É inaceitável ver um povo que mora há milhares de anos em um lugar não poder constituir seu país”, argumentou.

A opinião é compartilhada pela presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, que repudiou as ações militares de Israel. “É extremamente cruel impedir um povo de ter acesso à terra, às plantações, à água, e tudo isso pelo uso da força bruta”, disse.

Nesta quinta-feira (29), a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) analisará, em Nova York, a concessão do status de Estado observador para a Palestina. Para o embaixador Ibrahim Al Zeben, a esperança é de que o povo palestino, enfim, tenha seus direitos reconhecidos. “É caso de direito internacional, de dizer onde começa uma fronteira e acaba a outra”, declarou.

As atividades do Fórum seguem até sábado (1º). Mais informações e a programação do evento estão disponíveis na página oficial do evento