MST realiza ato pela desapropriação da Usina Cambahyba no Rio


Da Página do MST

Nesta terça-feira (18), o MST realiza um ato pela memória, verdade e justiça e pela desapropriação da Usina Cambahyba, no Acampamento Luis Maranhão, em Campos dos Goytacazes (RJ), a partir das 11h.

Da Página do MST

Nesta terça-feira (18), o MST realiza um ato pela memória, verdade e justiça e pela desapropriação da Usina Cambahyba, no Acampamento Luis Maranhão, em Campos dos Goytacazes (RJ), a partir das 11h.

A relação, presente no ato, da desapropriação da área para a Reforma Agrária junto com um tema referente a ditadura militar, acontece justamente pela trajetória da Usina Cambahyba. O objetivo da última ocupação da área com 200 famílias do MST, no dia 2/11, foi lembrar que naqueles fornos foram incinerados os corpos de dez militantes políticos torturados e assassinados pela ditadura militar e cobrar maior agilidade da desapropriação determinada pela Justiça Federal.

A usina é um complexo de sete fazendas que totalizam 2.800 hectares. Por decisão do juiz federal Dario Ribeiro Machado Júnior, no dia de 17 de junho último, o latifúndio foi considerado improdutivo. Além de não cumprir a função social da terra, as fazendas da Usina Cambahyba acumulam dívidas de milhões de reais com a União.

O processo de desapropriação ficou paralisado por 14 anos, desde que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) considerou aquelas terras improdutivas e passíveis de serem desapropriadas para fins de Reforma Agrária.

O complexo de fazendas tem sido palco de todo tipo de violência: exploração de trabalho infantil e de mão de obra escrava, falta de pagamento de indenizações trabalhistas, além de crimes ambientais e despejos violentos.

Foi a segunda vez que o MST ocupou parte da área da usina. A primeira foi em 2000. Seis anos depois, as polícias federal e militar, por decisão da Justiça Federal de Campos, despejaram as 100 famílias que haviam criado ali o assentamento Oziel Alves II. Houve agressões e prisões arbitrárias, casas foram demolidas e plantações destruídas.