Famílias assentadas em SC reivindicam a construção de novas escolas

Por Fábio Reis
Da Página do MST
   
Cerca de 300 famílias participaram da audiência pública, realizada no assentamento Perdis Grande, no município de Água Doce, em Santa Catarina, para reivindicar a construção de uma área escolar para atender as cerca de 350 crianças da região.

Atualmente, para que possam estudar, os jovens precisam fazer um percurso de horas para terem acesso a alguma escola, sendo que na maioria das vezes têm que ir até a cidade.

A partir do sexto ano do ensino fundamental todos os educandos deixam os assentamentos para continuar os estudos. Isso ocasiona uma grande evasão escolar, principalmente nos últimos anos do ensino fundamental e ensino médio.

A maioria dos educandos que iniciam o ensino formal não concluem o ensino fundamental, quanto mais o ensino médio.

Altair Lavratti, da direção nacional do MST, diz ser um absurdo o estado não garantir que as crianças tenham um estudo de qualidade. “E para que seja de qualidade as crianças necessitam o mínimo de estrutura, como um bom transporte e escolas que sejam próximas, voltadas para a realidade dos jovens”, observa.

Num primeiro momento, as famílias reivindicam a manutenção das estruturas já existentes e a permanência das atuais escolas nos assentamentos Nove de Novembro, Assentamento Olaria, Oziel Alves Pereira, 1º de Agosto e Assentamento Terra Vista, até que seja construída a escola nucleada, que atenderá a demanda do ensino fundamental.

Diversas autoridades do município e do estado participaram do evento, desde vice-prefeito de Água Doce, Valter Rampazzo, a deputados como Pedro Uczai.  A audiência foi coordenada pela deputada Luicane Carminatti.

Como encaminhamento da reunião, foi criada uma comissão formada por representantes da Prefeitura, Câmara de Vereadores, Comissão de Educação da Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores, coordenação nacional do MST e setor estadual de Educação do MST para agilizar o projeto.