Sem Terra montam acampamento em Brasília por tempo indeterminado
Da Página do MST
Na manhã desta terça-feira (5), cerca de 700 mulheres camponesas montaram um acampamento Sem Terra em Brasília, num terreno ao lado do prédio do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A atividade faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, que ocorre anualmente no mês de março, e tem como objetivo principal pressionar o governo federal para realização da Reforma Agrária.
Da Página do MST
Na manhã desta terça-feira (5), cerca de 700 mulheres camponesas montaram um acampamento Sem Terra em Brasília, num terreno ao lado do prédio do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
A atividade faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, que ocorre anualmente no mês de março, e tem como objetivo principal pressionar o governo federal para realização da Reforma Agrária.
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Jornada de Luta das Mulheres da Via Campesina 2013
O acampamento, que acontece por tempo indeterminado, conta com aproximadamente 700 pessoas e a pretensão é concluir a jornada desta semana com pelo menos 2 mil.
Segundo Rosana Fernandes, da coordenação nacional do MST, “o objetivo principal do acampamento é pressionar o governo para que assente as 150 mil famílias acampadas no país”, afirma.
Como alternativa ao modelo de agronegócio, a Jornada defende o modelo de agricultura baseado na produção agroecológica e na defesa da nossa soberania alimentar. Ou seja, defende a realização da Reforma Agrária para desenvolver o país e eliminar a pobreza.
O atual momento político bloqueia a realização da Reforma Agrária, que é chave para a porta do desenvolvimento de uma agricultura saudável e agroecológica. Atualmente 30% dos alimentos consumidos pelos brasileiros são impróprios para o consumo somente por conta da contaminação por agrotóxicos, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A produção de alimentos saudáveis e a soberania alimentar é uma pauta defendida pelas camponesas. “Esta é uma pauta que pretendemos manter presente em nossa jornada de luta e o acampamento que permanece em Brasília, por tempo indeterminado, deve dialogá-la inclusive com a sociedade”, ressalta Rosana.
O acampamento não será apenas um espaço de pressão e reivindicação ao governo. De acordo com Rosana, “além da pressão e negociação com o governo, queremos aproveitar a realização do acampamento nacional para dialogar com a sociedade. Mostrar a ela que defendemos o modelo de agricultura agroecológica e por que o defendemos. Queremos também fazer um processo de formação com a militância que estará permanentemente neste acampamento”, comenta.