Organizações realizam ato em São Paulo em defesa da soberania do povo sírio



Da Página do MST

Neste sábado (23), o MST em conjunto com diversas organizações populares e democráticas do Brasil e representantes da comunidade síria e árabe que vivem em nosso país, realizam um ato de apoio e solidariedade ao povo sírio, em defesa da paz e pela soberania do país.

Da Página do MST

Neste sábado (23), o MST em conjunto com diversas organizações populares e democráticas do Brasil e representantes da comunidade síria e árabe que vivem em nosso país, realizam um ato de apoio e solidariedade ao povo sírio, em defesa da paz e pela soberania do país.

O ato acontece na cidade de São Paulo, na Praça Oswaldo Cruz – Av. Paulista-, às 10h. As organizações defendem a autodeterminação do povo sírio, sem que haja intervenções externas, como as organizadas pelos Estados Unidos, União Européia e a Organização de Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Contexto

A República Árabe Síria sempre teve um papel estratégico nas lutas políticas no Oriente Médio. Desde 2011 inúmeros conflitos tomam conta do país. Uma aliança política e militar entre as potências imperialistas da União Européia, os EUA, a Turquia, Israel e seus aliados no Oriente Médio (Arábia Saudita, Catar, Bahreim, Emirados Árabes) tem defendido uma intervenção militar da OTAN na Síria, visando derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad.

O governo Obama (EUA) criou o Syrian Support Group (SSG) – Grupo de Apoio à Síria – e a CIA tem ajudado a treinar e dado milhões de dólares para o Exército Livre da Síria (ELS), uma organização formada por mercenários estrangeiros que são a base de apoio da OTAN no conflito.

Diante dessa realidade, as organizações defendem:

1. Todo apoio à luta dos trabalhadores e das massas populares da Síria por transformações econômicas, políticas e sociais, por melhores condições de vida e de trabalho e pela construção de uma sociedade mais justa e democrática;

2. A autodeterminação do povo sírio. Que o povo sírio decida o seu próprio destino, sem intervenção militar e política das potências imperialistas, da OTAN/UE/EUA/Monarquias árabes reacionárias e antidemocráticas;

3. Em defesa da soberania da República Árabe da Síria;

4. Pela devolução imediata das Colinas de Golã, território árabe-sírio confiscado pelo Estado de Israel em 1967;

5. A construção de condições para que ocorra uma solução política para o atual conflito armado na Síria. Construir as condições para interromper/suspender o conflito armado e levar para o terreno da luta política e social o debate sobre o futuro do país. Um conflito prolongado, neste momento, e nas circunstâncias específicas da Síria, não é de interesse da classe trabalhadora e das massas populares, pois a Síria está sob ameaça de intervenção militar da OTAN;

6. Pelo desarmamento e expulsão dos mercenários pró-imperialistas do Exército Livre da Síria-ELS, pois esta é uma condição essencial para o retorno à paz na Síria e para um diálogo entre as diversas forças políticas verdadeiramente nacionais;

7. Que ambos os lados do conflito façam esforços para proteger a população civil, os não-combatentes, e evitem envolver estes setores no conflito, bem como garantam proteção aos Campos de Refugiados Palestinos e à população paletina em geral, pois este povo árabe escolheu viver na Síria após a ocupação militar de sua pátria pelos sionistas. O povo palestino que vive na Síria também deseja uma paz justa e uma unidade de todo o povo sírio na luta contra o sionismo e o imperialismo.