Coletivo de Saúde do MST comemora dia Mundial da Saúde em Sergipe


Da Página do MST

Nesta segunda-feira (8), o Coletivo de Saúde do MST realizou um ato na cidade de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe, para comemorar o Dia Mundial da Saúde (7 de Abril) e rememorar os 21 Sem Terra assassinados durante o Massacre de Eldorado de Carajás, em 17 de abril de 1996, no Pará.

Da Página do MST

Nesta segunda-feira (8), o Coletivo de Saúde do MST realizou um ato na cidade de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe, para comemorar o Dia Mundial da Saúde (7 de Abril) e rememorar os 21 Sem Terra assassinados durante o Massacre de Eldorado de Carajás, em 17 de abril de 1996, no Pará.

Sob o lema “Semeando saúde no campo e cidade”, o evento contou com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Glória e o grupo artístico “Luz do Sol”. Dessa maneira, os acampados e assentados do MST na região junto com os trabalhadores da cidade de Glória, puderam compartilhar um momento de debate e aprendizado sobre as práticas integrativas e complementares de saúde.

O dia iniciou com um momento de cuidado coletivo com Tai Chi Chuan, seguido de café da manhã com alimentos orgânicos, onde foi apresentação o documentário “O veneno está na mesa”, do cineasta Silvio Tendler, denunciando os perigos dos agrotóxicos e o seu uso intensivo pelo agronegócio.

Durante o debate, Katia Aragão, da Secretaria Estadual de Saúde de Sergipe, apresentou os grandes eixos da implantação das políticas integrativas de saúde no estado. Para Maria Solange Feitosa, dirigente do setor de saúde do MST, “a implantação destas políticas públicas precisa de um povo organizado e reivindicando os seus direitos”.

Segundo a militante, também não se pode discutir o tema saúde sem denunciar o atual modelo de agricultura dominado pelo agronegócio, que envenena trabalhadores e consumidores. “Precisamos enfrentar este modelo, que coloca a nossa saúde em perigo”, ressalta Solange.

O evento foi animado, com apresentações culturais do grupo de capoeira Filhos de Negro de Aruanda, do grupo Tambores do Sertão e palestra com agentes da Administração Estadual do Meio-Ambiente (Adema). No final, o público pode experimentar oficinas práticas de massoterapia, Fito terapia, Reza, Rei Ki, ilustrando os saberes populares.

O ato encerrou com companheiros do MST cantando a vida do povo sertanejo e sua luta por uma vida digna. Também foram plantas 19 mudas medicinais, simbolizando os 19 Sem Terra assassinados em Carajás, que foram entregues ao Coletivo de mulheres do pré-assentamento Adão Preto, para darem início a uma horta medicinal.