Ato em Rio Verde marca dia mundial do meio ambiente com denuncia a agrotóxicos


Por Murilo Souza
Da Página do MST

Na última quarta-feira (5), foi realizado um ato público em Defesa do Meio Ambiente e da Vida, na Câmara Municipal de Rio Verde/GO, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Participaram do evento representantes de diversas instituições e da sociedade civil, congregando um público de cerca de 100 pessoas.

As contribuições apresentadas pelos que compuseram a mesa de debate foram focadas nos impactos sociais, ambientais e para a saúde, causados pela intensa utilização de agrotóxicos na região.

Por Murilo Souza
Da Página do MST

Na última quarta-feira (5), foi realizado um ato público em Defesa do Meio Ambiente e da Vida, na Câmara Municipal de Rio Verde/GO, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Participaram do evento representantes de diversas instituições e da sociedade civil, congregando um público de cerca de 100 pessoas.

As contribuições apresentadas pelos que compuseram a mesa de debate foram focadas nos impactos sociais, ambientais e para a saúde, causados pela intensa utilização de agrotóxicos na região.

De acordo com Rosana Fernandes, da Via Campesina, “o evento foi um momento importante pra gente refletir sobre o modelo do agronegócio, que traz diversos impactos sociais e ambientais, mas também para colocar publicamente a questão dos agrotóxicos para a sociedade de Rio Verde/GO”.

O evento foi marcado também por uma mística promovida pelos alunos da Escola Municipal São José do Pontal que, há um mês, foi pulverizada com o agrotóxico Engeo Pleno da Syngenta, por aeronave da empresa Aerotex Aviação Agrícola.

As crianças e adolescentes, entre os quais muitos continuam apresentando diversos sintomas de intoxicação, entregaram rosas brancas para os presentes. Suas mães cobraram dos representantes do poder público ações mais urgentes e concretas no acompanhamento das pessoas intoxicadas no episódio. As mães dos alunos atingidos também buscaram ressaltar que este não foi um caso isolado com relação aos impactos da pulverização de agrotóxico no município, pois em outras escolas já foram detectados casos de intoxicação entre professores e alunos.

De acordo com Juarez Martins, do Instituto Federal Goiano – Campus Rio Verde, “trazer à tona o episódio que aconteceu no Assentamento Pontal dos Buritis, com a intoxicação dos alunos, é importante para que a sociedade saiba dos fatos reais e se mobilize para cobrar ações do poder público, no sentido de acompanhar o uso abusivo de agrotóxicos no município e as crianças atingidas na Escola São José do Pontal”.

Maria de Fátima, mãe de uma das alunas intoxicadas durante a pulverização da escola, cobrou das autoridades presentes, especialmente da Secretaria de Saúde e da Secretaria de Educação, o acompanhamento mais sensibilizado com as crianças e adolescentes intoxicados, pois depois de mais de 20 dias do ocorrido, continuam com sintomas e retornando aos hospitais, não tendo acesso a informações qualitativas sobre a real situação.

O ato resultou na criação de uma Comissão de Acompanhamento das pessoas intoxicadas, composta por representantes do poder público e da comunidade do Pontal dos Buritis. O objetivo é criar um canal de informação entre as instituições médicas e as famílias dos alunos atingidos. Também houve um indicativo para criação do Comitê Local da Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, em Rio Verde.