MST realiza ato e exige que fazenda no Paraná seja desapropriada

 

Da Página do MST

 

Cerca de 400 integrantes do MST realizam na manhã dessa segunda-feira (22/07) um ato de protesto em frente à Fazenda Gasparetto, localizada a três quilômetros de Lindoeste, no oeste do Paraná. O objetivo é exigir o cancelamento do leilão público da área, previsto para acontecer hoje em Goiânia (GO), e reivindicar a destinação da propriedade para à Reforma Agrária.

A fazenda com área de 405,95 hectares se transformada em assentamento vai gerar trabalho e renda para famílias acampadas que vivem atualmente em baixo de barracos, movimentará a economia da região e aumentará a produção de alimentos saudáveis, baratos, respeitando o meio ambiente.

Sendo leiloada, apenas uma pessoa se beneficiará aumentando ainda mais da concentração de terra no estado e no país. No Paraná aproximadamente 6 mil famílias vivem em acampamentos, sendo que só na região oeste são cerca de 500 famílias.

Histórico

Em 2007, 120 pessoas que integravam o Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MSTL) ocuparam a área, e em menos de 24 horas os trabalhadores foram despejados por seguranças da empresa NF Segurança, contratada pelo fazendeiro e na época presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná (SRO), Alessandro Meneghel, que encontra-se preso desde abril de 2012 por matar um policial federal. 

Meses depois da desocupação ilegal, a mesma empresa, fortemente armada, é novamente contratada por Meneghel  para realizar o despejo dos Sem Terra que ocuparam a àrea da transnacional Syngenta Seeds, localizada em Santa Tereza. A ação resultou no assassinato do integrante do MST, Valmir Motta de Oliveira (Keno), além de deixar várias pessoas gravemente feridas.