Movimentos sociais se solidarizam com a greve nacional dos eletricitários
Da Página do MST
Da Página do MST
Na última segunda-feira (5), diversos movimentos sociais se reuniram em torno da Plenária Nacional de Movimentos Sociais, em São Paulo, onde foram debatidas as próximas diante desse novo contexto de mobilizações sociais no país.
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Dentre os diversos pontos tirados, um deles diz respeito ao apoio à greve dos eletricitários do sistema Eletrobrás, paralisados há mais de 20 dias pelo fortalecimento das empresas públicas, aumento salarial, política de valorização e garantia de direitos e cancelamento dos leilões de privatização de usinas hidrelétricas.
Confira abaixo a carta de apoio dos movimentos sociais do campo e da cidade aos eletricitários
TODO APOIO À GREVE DOS ELETRICITÁRIOS
Nós, movimentos sociais do campo e da cidade, reunidos neste dia 05 em São Paulo, na Plenária Nacional de Movimentos Sociais, declaramos total apoio à greve dos eletricitários do sistema Eletrobrás.
Os trabalhadores e trabalhadoras do grupo estatal Eletrobrás estão em greve há mais de 20 dias. Cerca de 90% dos 27 mil trabalhadores de 14 empresas estatais pertencentes à estatal federal continuam em greve. Os trabalhadores estão em luta pelo fortalecimento das empresas públicas, aumento salarial, política de valorização e garantia de direitos, cancelamento dos leilões de privatização de usinas hidrelétricas, entre outras.
Os setores conservadores e rentistas que controlam a Eletrobrás estão implementando um conjunto de medidas que visam atacar e aumentar a exploração sobre seus trabalhadores e criar condições para uma futura privatização da estatal. Neste momento, a Eletrobrás esta tentando impor medidas para demitir cerca de 20% de seus trabalhadores, aumentar as terceirizações, retirar direitos, reduzir gastos salariais com trabalhadores, além de vários outras medidas de reestruturação do trabalho que prejudicam os trabalhadores, precarizam o trabalho e como consequência conduzem a uma piora na qualidade dos serviços de energia elétrica ao povo brasileiro.
Lamentavelmente, para atender aos interesses dos setores especuladores, a diretoria da Eletrobrás vem se negando a negociar com seus próprios trabalhadores. Sem propostas e de forma autoritária, a empresa ingressou na justiça contra a greve numa clara intenção de criminalizar a greve.
Hoje uma parcela importante das ações da Eletrobrás encontram-se “privatizadas” desde os anos 90, controladas por setores especuladores, como JP Morgan e fundos internacionais e que exigem remessas de lucro cada vez maiores. A posição conservadora da Eletrobrás vem para atender a estes setores.
A greve é legítima, e nós, movimentos sociais brasileiros apoiamos a greve. Recentemente, estes trabalhadores de empresas estatais, foram os responsáveis em oferecer ao país a energia elétrica mais barata, foram eles que possibilitaram o governo Dilma anunciar a redução média de 20% nas tarifas de energia elétrica no início de 2013 através da “renovação das concessões”. Portanto, os trabalhadores que deram grande contribuição ao país, não podem agora ser penalizados por interesses rentistas.
Neste momento, de uma nova conjuntura, com grandes manifestações de ruas, os trabalhadores cobram mais avanços. A própria presidente Dilma Roussef fez um pronunciamento em cadeia nacional, no qual passou a mensagem que a pauta das manifestações passariam a ganhar “prioridade nacional”, onde “a cidadania e não o poder econômico que deveriam ser ouvido em primeiro lugar”. Esperamos que a Eletrobrás, como uma empresa do governo, atenda as demandas do conjunto destes trabalhadores.
Por fim, aos trabalhadores e trabalhadoras que estão em greve no setor elétrico, nosso total apoio. Sigam firmes e contem conosco.
“Água e energia, não são mercadorias.”
São Paulo, 05 de agosto de 2013.
CUT – Central Única dos Trabalhadores
CTB – Central das Trabalhadoras e trabalhadores do Brasil
Plataforma Operária e Camponesa para Energia
FUP – Federação Única dos Petroleiros
FNU – Federação Nacional dos Urbanitários
FTUESP – Federação dos Trabalhadores Urbanitários do Estado de São Paulo
UNE – União Nacional dos Estudantes
MMM – Marcha Mundial de Mulheres
MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
VIA CAMPESINA do Brasil
Executiva nacional de estudantes de Biologia-ENEBIO
CIMI – Conselho Indigenista Missionário
FETRAF – Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar
INTERSUL
SINERGIA-SC
SINERGIA- Campinas
SIDIELETRO-MG
SINTAEMA-SP
Intersindical-SP
CMP – Central dos Movimentos Populares
CMS – Coordenação de Movimentos Sociais
Consulta Popular
Assembleia Popular
Levante Popular da Juventude
MAM – Movimento pela soberania popular na Mineração
Pastoral da Moradia
Pastoral do Migrante
Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação
Grito dos Excluídos
Grito dos Excluidos continental
Jubileu Sul
Ação Cidadania
Movimento Reforma Já
MCP – Movimento Camponês Popular
MDM-FEPAC
CONTEE- confederação Nacional dos trabalhadores em educação
Frente Nacional dos Torcedores
Bloco de Lutas
SASP- Sindicato dos advogados do estado de São paulo
MMPT
CONEN- Coordenação nacional de entidades n egras
UNEGRO- Uniao nacional dos negros
INESC – Plataforma nacional pela reforma política
PJR – Pastoral da Juventude Rural
REDE FALE
Frente de Lutas de Juiz de Fora
Povo Pataxós
Povo Tupinambas
Articulação Paulista de Agroecologia
Campanha Contra os Agrotóxicos