MST realiza ocupações, tranca rodovia e se soma às lutas das centrais em SP


Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST


Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST

Em conjunto às lutas das centrais sindicais dessa sexta-feira (30), cerca de 350 famílias do MST ocuparam nesta manhã duas fazendas na região de Andradina, interior do estado de São Paulo.

A Fazenda São João, em Sud Menucci, foi ocupada por 200 famílias. Os Sem Terra exigem a desapropriação de outras duas fazendas que pertence ao mesmo proprietário da Fazenda São João.

“Há oito anos que o processo das duas fazendas corre na justiça com o laudo de improdutividade, mas nada acontece. Com isso, ocupamos a fazenda São João para pressionar a desapropriação daquelas duas áreas”, disse Nina Rodrigues do Carmo, da direção estadual do MST sobre a fazenda Jangada e Santa Maria.

Outras 150 famílias ocuparam a Fazenda Santa Cecília, em Araçatuba, que pertence ao empresário Oscar Maroni, dono da casa noturna Bahamas Night Club.

Essa área também foi ocupada para pressionar o poder público a realizar vistorias em diversas outras fazendas improdutivas na região.

“Como não podemos ocupar essas fazendas improdutivas, senão elas ficam paradas na justiça por mais dois anos, ocupamos essas outras fazendas para pressionar o andamento das que deveriam ser destinadas à Reforma Agrária”, explicou Nina, ao lembrar que há mais de 800 famílias acampadas apenas na região.   

Já no município de Ribeirão Preto, 200 pessoas do MST, Centrais Sindicais e do Movimento Passe Livre (MPL) trancaram os dois sentidos da rodovia anhanguera no km 312, na parte da manhã.

Jornada Nacional

Neste dia 30, as centrais sindicais e o MST realizam mais um dia de paralisação nacional, em que milhares de trabalhadores e trabalhadoras vão às ruas lutar por direitos.

Dentre as pautas, está a luta pelo fim do fator previdenciário; contra o Projeto de Lei 4330/04 (PL) da terceirização; redução da jornada para 40 horas sem redução salarial; Reforma Agrária; valorização das aposentadorias; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público de qualidade; e suspensão dos leilões de petróleo.