MST participa de mobilização contra o leilão do pré-sal em Curitiba



Por Comunicação MST/PR e Sindipetro
Fotos: Incra/PR

Cerca de 200 integrantes do MST que estão mobilizados desde ontem, quarta-feira (16), em Curitiba, Paraná, vão participar, a partir das 16h30, da mobilização contra  a 1ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na área do Pré-Sal.

Por Comunicação MST/PR e Sindipetro
Fotos: Incra/PR

Cerca de 200 integrantes do MST que estão mobilizados desde ontem, quarta-feira (16), em Curitiba, Paraná, vão participar, a partir das 16h30, da mobilização contra  a 1ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) na área do Pré-Sal.

A atividade que é organizada pelo Comitê Popular de Defesa do Petróleo, fórum que reúne sindicatos e movimentos sociais no Estado, defende o imediato cancelamento do leilão e que a exploração de todo o petróleo nacional seja realizada através da Petrobras.

Nessa rodada estará em licitação o campo de Libra, cujo potencial é de aproximadamente 15 bilhões de barris, o que equivale a tudo o que a Petrobras já descobriu de petróleo no país nesses 60 anos de existência.

O leilão do campo de Libra será o primeiro sob o regime de partilha de produção, mas a nova Lei do Petróleo (12.351/2010) permite que a União celebre o contrato de exploração do campo de Libra diretamente com a Petrobras, sem colocá-lo em licitação.

Ocupação do Incra

Os trabalhadores Sem Terra que estão na capital paranaense ocuparam, na manhã desta quarta, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para denunciar a paralisação da Reforma Agrária, e cobrar agilidade na desapropriação de terras. A mobilização faz parte da Jornada Unitária de Lutas pela Soberania que acontece nacionalmente.

Na pauta os camponeses buscam reivindicam a aquisição de novas áreas para assentar as seis mil famílias acampadas no estado, infraestrutura para os assentamentos, como: estradas, construção de escolas, ampliação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Dentre outras pautas, encontra-se o encaminhamento para a efetivação de políticas públicas voltadas para o fortalecimento da agricultura camponesa familiar, como: a criação e fortalecimento das agroindústrias nos assentamentos e a elaboração de políticas públicas para desenvolver a agroecologia enquanto alternativa de matriz tecnológica para produção de alimentos orgânicos, frente à degradação ambiental e da saúde humana provocada pelos agrotóxicos – comumente utilizados em monocultivos latifundiários.

No Paraná são 320 projetos de assentamentos, com mais de 20 mil famílias assentadas, que ocupam uma área de aproximadamente 420 mil hectares.

Curitiba

Ainda na capital paranaense, cerca de 40 entidades entre elas, MST, Rede Ecovida de Agroecologia, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Terra de Direito, Central Única dos Trabalhadores (CUT/PR), e Federação das Comunidades Quilombolas,    realizaram nessa quarta-feira (16), um ato politico no Dia Mundial da Alimentação.

A mobilização teve como finalidade pauta, exigir o fortalecimento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) enquanto uma ação concreta do Estado Brasileiro para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN); pela desburocratização do PAA e melhoria das normativas do Programa, adequando a realidade da agricultura familiar e camponesa e suas organizações; pela libertação de 11 agricultores e técnicos que se encontram presos no Estado do Paraná.

Durante o ato foi realizado uma panfletagem e distribuição de alimentos saudáveis produzidos por agricultores familiares. A tarde os manifestantes participam de uma sessão na Assembléia Legislativa.

Arapongas

Cerca de 500 pessoas dos assentamentos e acampamentos do MST da região norte e noroeste do estado, pastorais, sindicatos, e sociedade civil, se mobilizaram em frente a empresa brasileira de produtos agroquímicos, Nortox S.A, localizada no distrito de Aricanduva, em Arapongas, BR 369, no Km 195, nessa quarta-feira (16).

Como forma de denunciar para a sociedade civil os crimes ambientais cometidos pela empresa Nortox, desde a contaminação do solo e os lençóis freáticos da região, até o mau cheiro causado pelos venenos, além da falta de fiscalização e descaso por parte dos órgãos responsáveis, os trabalhadores trancaram o trânsito em frente à empresa.

Na região vivem aproximadamente duas mil pessoas, que estão permanentemente expostas à contaminação dos produtos químicos.