Movimentos sociais ocupam a Secretaria de Agricultura em TO



O Fórum de luta por Reforma Agrária, ligados aos povos do campo e das águas ocuparam nesta quarta-feira (23/10/2013) a Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, em Palmas. 300 camponeses realizaram a ação, e os movimentos esperam que mais de 1000 militantes participem. já se encontravam no local. Os manifestantes pretendem deixar o local somente depois de conversarem com o governador do Estado.

O Fórum de luta por Reforma Agrária, ligados aos povos do campo e das águas ocuparam nesta quarta-feira (23/10/2013) a Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, em Palmas. 300 camponeses realizaram a ação, e os movimentos esperam que mais de 1000 militantes participem. já se encontravam no local. Os manifestantes pretendem deixar o local somente depois de conversarem com o governador do Estado.

A ocupação tem como pontos principais o cumprimento da Reforma Agrária, segurança alimentar, fim do uso de agrotóxicos e contra o fechamento de escolas do campo. O Fórum de luta por Reforma Agrária é composto pela FETAETE, MAB, MST, CIMI e APA-TO, com apoio da CUT.

A ação visa cobrar dos governantes ações políticas concretas que visem atender em tempo hábil as necessidades dos povos acima mencionados, uma vez que o estado brasileiro prioriza o agronegócio em detrimento da agricultura camponesa.

Entre as pautas de reivindicação estão a regularização fundiária das pequenas propriedades por parte do Itertins, retomada do crédito fundiário, a desapropriação e vistoria de fazendas em várias cidades do Estado como Campos Lindos, Divinópolis, Dois Irmãos, Araguaçu, Araguaina, Carmolândia, Babaçulândia, Bernardo Sayão, Pedro Afonso, Barra do Ouro, Fortaleza do Tabocão, Augustinópolis, Araguatins, Palmeirópolis, Porto nacional e Palmas, onde os manifestantes cobram a vistoria, desapropriação e regularização pelo programa Terra Legal da Fazenda Dom Augusto.

Itertins

O movimento cobra também a anulação dos títulos do Itertins nas glebas da união, o cancelamento dos títulos das terras do estado vendidas e doadas irregularmente pelo o governo do estado; e execução imediata do convênio firmado entre o Governo do Estado do Tocantins e o Incra para promover a recuperação de estradas vicinais em projetos de assentamentos da reforma agrária correspondente a 4.276 km com investimento de R$ 31,9 milhões de reais, beneficiando 18.937 famílias de agricultores familiares. Segundo os manifestantes o recurso já foi repassado pelo Incra ao Governo do Estado mas as obras nunca começaram. Em Axixá o movimento cobra a construção de 63 km de estradas vicinais e recuperação de 79 km de estradas.

Água e luz para todos

Outra cobrança dos manifestantes diz respeito à perfuração de cacimbas nas propriedades dos agricultores familiares com as máquinas do Dertins e instalação imediata pela Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), das cisternas adquiridas com recurso do Ministério da Integração Nacional, para os municípios da região sudeste, além da retomada imediata do Programa Luz para Todos no Estado.

Ruraltins

O movimento cobra também a estruturação imediata do Ruraltins através da compra de computadores, formação dos técnicos e aumento de visitas técnicas em campo para acompanhamento, orientação e implementação de projetos produtivos visando o aumento da produção familiar.

Educação do Campo

Outra reivindicação do movimento dos povos do campo e das águas diz respeito à implantação imediata da Escola Família Agrícola – EFA de Esperantina e Riachinho, no Território de Cidadania Bico do Papagaio. Estruturação/construção da Escola Família Agrícola – EFA do Município de Campos Lindos, no Território do Nordeste e estruturação/construção da Escola Família Agrícola – EFA do Município de São Salvador, no Território de Cidadania do Sudeste.

Seagro

O secretário Jaime café recebeu os manifestantes em seu gabinete e disse que não tem nada contra o movimento. Café pediu para que o movimento ficasse à vontade, mas deixasse os servidores trabalhar, entretanto as lideranças disseram que a opção pela paralisação da Secretaria é plausível até que as reivindicações sejam atendidas. Eles argumentam a dificuldade de deslocamento do interior para a capital para reivindicar.

O secretário propôs então que o movimento discutisse os temas específicos da pauta ao longo do dia com os secretários de outras pastas também envolvidas na cobrança do movimento para depois levar ao governador apenas o que não se resolvesse com os secretários e nisto foi atendido pelas lideranças.