Após 4 anos de luta, 171 famílias serão assentadas em Sidrolândia (MS)



Por Karina Vilas Boas
Da Página do MST


Nesta sexta-feira (20), centenas de Sem Terra participam do ato de entrega da Fazenda Nazaré, localizada no município de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, onde serão assentadas 171 famílias.

Após quatro anos de luta, a área de 2,4 hectares foi desapropriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no dia 7 de julho deste ano.

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Por Karina Vilas Boas
Da Página do MST

Nesta sexta-feira (20), centenas de Sem Terra participam do ato de entrega da Fazenda Nazaré, localizada no município de Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul, onde serão assentadas 171 famílias.

Após quatro anos de luta, a área de 2,4 hectares foi desapropriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no dia 7 de julho deste ano.

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O ato de comemoração será na sede da Fazenda, com início às 9h30. A atividade será realizada pelo MST e pela Central Única dos Trabalhadores Rural de MS (CUT), e contará com lideranças políticas, sindicais e a presença dos representantes do Incra.

Na última segunda-feira (16), representantes da direção e os coordenadores do Acampamento Joaquim Pereira Veraz se reuniram com o superintendente regional do Incra/MS, Celso Cestari, para definir questões relacionadas a entrega da área e o ato de abertura do assentamento.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, dirigente do MST, este é um momento muito esperado pelas famílias, acampadas a margem da BR 163 há cerca de quatro anos.

“É hora de entrar na nossa terra, momento de emoção e vitória para todas as 171 famílias que aguardam ansiosamente este momento. Foram muitas lutas nestes anos, e o assentamento nesta área significa a reabertura da Reforma Agrária em Mato Grosso do Sul, que estava estagnada há anos”.

Jonas Carlos disse ainda que o momento também é de extrema importância para o Incra, que ficou três anos com uma liminar do Ministério Público Federal impedido a compra e a desapropriação de terras no estado.

“O Incra é um órgão importante de gestão e efetivação das nossas lutas. A principal, sem dúvidas, é a Reforma Agrária, e o processo que estava travando esta ação prejudica muito as famílias que sonham com o seu pedaço de terra”.

Para ele, essa é a oportunidade do órgão federal recuperar em pleno vapor suas atividades, podendo recolocar a Reforma Agrária como a principal pauta do estado.