Jovens organizam curso de comunicação para a juventude rural

 

Por Claudia Weinman
Do Blog da Juventude Sem Terra


 

Por Claudia Weinman
Do Blog da Juventude Sem Terra

A juventude do MST, Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), se organizam para criar mais uma turma do projeto “De olho na terra”, que prevê a instalação de cinco telecentros – TIC (Centro de formação em Tecnologias da Informação e Comunicação)  no estado de Santa Catarina, financiados pelo ministério das comunicações.

Serão realizadas dez oficinas com diferentes temáticas, nas quais os jovens terão acesso a cursos básicos e avançados de informática, produção e edição de vídeos, elaboração de roteiros, entre outros temas, durante 18 meses.

Para o coordenador do projeto e militante do MST, Abimael Oliveira, a exclusão tecnológica comunicacional atinge diretamente a população do campo.

Oliveira destaca que este projeto permite a criação de um grupo de comunicadores que amplie o poder difusão dos materiais produzidos dentro dos próprios assentamentos.

“O projeto é uma conquista nossa que vai levar internet de qualidade para o campo, além de permitir que a juventude construa a comunicação popular nos espaços onde estão inseridas”, explica Oliveira.

O coordenador também destaca que o projeto potencializa a luta pela Reforma Agrária Popular. “A comunicação é uma das principais ferramentas de luta, e é por aí que esse projeto pode fortalecer nosso novo programa agrário”.

Divulgação

A primeira etapa do curso tem início nos dias 3 e 4 de maio, no assentamento Conquista Na Fronteira, em Dionísio Cerqueira (SC). E para dar início à primeira turma, os jovens estão realizando um trabalho de divulgação nas rádios e jornais locais.

Além disso, acontecerão diversas visitas nos assentamentos da região para difundir o projeto e trazer os jovens para participar das oficinas.

Para que a qualidade do curso seja garantida, criou-se uma Coordenação de Articulação Política Pedagógica (CAPP), responsável em organizar a metodologia do curso e acompanhar a turma.

Nesse sentido, a CAPP é composta por dois representantes da PJMP e PJR, três do coletivo de juventude do MST, coordenação do telecentro e um bolsista do projeto.

O projeto, segundo Oliveira, ainda inclui a continuidade da capacitação dos jovens no assentamento Butiá, em Rio Negrinho, já beneficiados com um telecentro e oficinas pelo projeto anterior.