Sem Terra iniciam acampamento em memória do Massacre de Eldorado dos Carajás



Por Márcio Zonta
Da Página do MST


O MST realiza entre os dias 10 a 17 de abril, o Acampamento Pedagógico da Juventude Camponesa “Oziel Alves Pereira”, na curva do “S”, em Eldorado dos Carajás (PA).

 

O evento inclui uma série de atividades culturais, como filmes, oficinas de dança, agitação e propaganda, teatro e percussão.

 

Todas as tardes, exatamente às 17h, horário do genocídio contra os trabalhadores rurais Sem Terra, será realizado um ato na BR 155, palco do massacre.

 


Por Márcio Zonta
Da Página do MST

O MST realiza entre os dias 10 a 17 de abril, o Acampamento Pedagógico da Juventude Camponesa “Oziel Alves Pereira”, na curva do “S”, em Eldorado dos Carajás (PA).

 

O evento inclui uma série de atividades culturais, como filmes, oficinas de dança, agitação e propaganda, teatro e percussão.

 

Todas as tardes, exatamente às 17h, horário do genocídio contra os trabalhadores rurais Sem Terra, será realizado um ato na BR 155, palco do massacre.

 

Os jovens também percorrerão até os túmulos dos camponeses assassinados pela Polícia Militar, no cemitério de Eldorado dos Carajás.

 

Protestos na cidade de Curionópolis, cujo nome homenageia o ex oficial do exército,  Sebastião Curió, responsável pelo aniquilamento dos integrantes da Guerrilha do Araguaia, estão na programação do acampamento.

 

No encerramento da atividade, no dia 17 de abril, dia internacional na Luta Camponesa, será realizado um grande ato político-cultural, com a presença de várias autoridades locais e artistas da região.

 

Memória

Desde 1997 no Pará, o MST promove no mês de abril o acampamento em memória aos 21 Sem Terra mortos pelo Estado em conivência com a mineradora Vale, na tarde do dia 17 de abril de 1996.

 

No episódio, que ficou mundialmente conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás, 21 homens morreram alvejadas pela polícia ao interromper uma marcha que chegaria até a capital Belém, em protesto pela Reforma Agrária.

 

“Nunca podemos esquecer esse ato de barbárie, que busca na eliminação física do campesinato da região, resolver as contradições do capitalismo que saqueia e explora o Pará”, protesta Charles Trocate, da coordenação estadual do MST.