Assentados esbanjam produção de melancia no Sertão de Pernambuco


Por Ramiro Olivier
Da Página do MS
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No município de Santa Maria da Boa Vista, região Sertão São Francisco de Pernambuco, a agricultura local é conhecida por sua potencialidade na produção de fruteiras, como goiaba, manga, maracujá e mamão.


Por Ramiro Olivier
Da Página do MS
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No município de Santa Maria da Boa Vista, região Sertão São Francisco de Pernambuco, a agricultura local é conhecida por sua potencialidade na produção de fruteiras, como goiaba, manga, maracujá e mamão.

Nessa região, está localizado um dos assentamentos mais antigos do MST no estado de Pernambuco: o Assentamento Safra, com 220 famílias.

A partir de muita luta, as famílias conquistaram em 2013 uma adutora para irrigação de terras que antes eram consideradas sequeiras.

O maior investimento foi do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com a contrapartida de R$ 6 milhões. O governo do estado investiu R$ 500 mil e as famílias beneficiadas arremeteram com R$ 7 mil cada.

A partir daí, foram precisos apenas três meses de trabalho para que a produção de 75 famílias assentadas chegasse a 24 toneladas de melancia por hectare, num total de 140 hectares com o sistema de irrigação localizada de gotejamento.

A ideia é que a produção seja expandida para todo o conjunto do assentamento até o fim do ano em aproximadamente 500 hectares irrigados.  

A Safra é um dos mais antigos assentamentos organizado pelo MST em Pernambuco. O antigo latifúndio foi ocupado pelos trabalhadores entre 1994/1995, com cerca de 3.000 mil famílias oriundas de diversos municípios do Sertão do São Francisco. 

Fruto da ocupação massiva, e pelo fato da área não comportar todas as famílias, surgiram vários outros assentamentos aos arredores, rompendo com a lógica de diversos latifúndios da região, transformando-os em assentamentos da Reforma Agrária.