Sem Terra bloqueiam Castelo Branco e exigem assentamento de 3 mil famílias



Por Maura Silva
Da Página do MST


Integrantes do MST bloquearam por mais de uma hora a Rodovia Castelo Branco, no sentido de Iaras e Promissão (SP), na tarde desta quinta-feira (11). 



Cerca de 250 famílias protestaram contra a morosidade nos processos de Reforma Agrária no país.  

Por Maura Silva
Da Página do MST


Integrantes do MST bloquearam por mais de uma hora a Rodovia Castelo Branco, no sentido de Iaras e Promissão (SP), na tarde desta quinta-feira (11). 

Cerca de 250 famílias protestaram contra a morosidade nos processos de Reforma Agrária no país.  

Para Márcio Matos, da direção estadual do MST, a atual postura dos candidatos à presidência da República mostra um retrocesso na questão agrária. 

“Não se fala em reforma nessas eleições, é uma conjuntura ruim, que em nada favorece os trabalhadores rurais. As contradições fundiárias são imensas, é um ponto que não podemos deixar adormecer nesse período”, diz. 

Os manifestantes também pedem a estruturação dos acampamentos já existentes com água e luz, além do assentamento definitivo das mais de 3 mil famílias acampadas na região.

“Temos famílias que estão há mais de 15 anos acampadas em situação de risco sem água, luz e saneamento. É uma situação que se arrasta governo após governo”, salienta. 

Márcio também questionou a atuação da polícia na ação de desocupação da via. 

“O capitão da PM, que estava sem identificação visível, nos disse que senão saíssemos por bem, seríamos obrigados a sair por mal. Evitamos o conflito direto, estávamos com mulheres e crianças, não podíamos correr riscos”, finaliza. 

Os manifestantes seguem em marcha para a sede do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp). O objetivo é protocolar um pedido de revisão das demandas dos acampados. 

Com o documento em mãos, os acampados pretendem marcar uma reunião na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para os próximos dias.