Neste sábado, juventude sai às ruas contra onda conservadora em São Paulo



Da Página do MST


Neste sábado (11), diversos movimentos sociais de cultura, juventude, negro, realizam uma atividade no centro de São Paulo contra o avanço do conservadorismo demonstrado no primeiro turno dessas eleições.


A atividade chamada de Levante das Cores traz o lema Contra o conservadorismo, a resistência brota das ruas, e contará com diversas atrações culturais, artísticas e políticas no Largo do Arouche, a partir das 15h.



Da Página do MST

Neste sábado (11), diversos movimentos sociais de cultura, juventude, negro, realizam uma atividade no centro de São Paulo contra o avanço do conservadorismo demonstrado no primeiro turno dessas eleições.

A atividade chamada de Levante das Cores traz o lema Contra o conservadorismo, a resistência brota das ruas, e contará com diversas atrações culturais, artísticas e políticas no Largo do Arouche, a partir das 15h.

Enfático, os movimentos que constroem a atividade afirmam ser “contra Aécio Neves” e “contra a volta do PSDB ao governo federal por tudo que sua política neoliberal e anti-direitos representa”.

E apontam não ter ilusão “com o nosso atual sistema de representação política e por isso defendemos a sua reforma em uma constituinte popular exclusiva e soberana”.

Abaixo, leia o texto na íntegra:

 

Nós somos mulheres e homens que acreditamos que só a luta muda a vida. Por isso, sempre estivemos nas batalhas por justiça social e direitos humanos. Pelos direitos das mulheres, pelas causas LGBT, contra a discriminação de negras e negros, enfrentamos patrões em greves por salários, lutamos contra grileiros no campo, defendemos o Marco Civil da Internet e a liberdade pelo conhecimento, queremos a democratização da mídia, fazemos cultura nas periferias e grotões, defendemos a integração da América Latina, a regulamentação das terras indígenas e somos contra a violência policial e o massacre de jovens negros e pobres da periferia. Somos muitas, somos muitos. Somos plurais e diversos.

Não temos ilusão com o nosso atual sistema de representação política e por isso defendemos a sua reforma em uma constituinte popular exclusiva e soberana. Também sabemos das dificuldades que temos para ampliar conquistas numa sociedade pautada pelo poder dos lobbys e do dinheiro. Mas também temos convicção que o avanço do conservadorismo é um risco para os movimentos sociais e para as lutas das trabalhadoras e dos trabalhadores. E por isso vamos ter lado nesta eleição.

Somos contra Aécio Neves. Somos contra a volta do PSDB ao governo federal por tudo que sua política neoliberal e anti-direitos representa. Seus principais líderes têm defendido, entre outras coisas, a redução da idade penal,a criminalização de movimentos sociais, a censura a blogueiras, blogueiros e veículos de comunicação, a perseguição a ativistas, propostas privatizantes, políticas internacionais contrárias a países da África e da América do Sul e subalterna aos interesses dos EUA e redução de direitos trabalhistas.

Não há como não ter posição num momento tão delicado como este da história do país e do mundo. Num momento de crise internacional, não só econômica, mas também de valores. Há por todas as partes o avanço de uma direita que não se constrange em violentar direitos humanos e democráticos. E no Brasil essa direita defende a candidatura de Aécio Neves.

Por isso somos Dilma. Muitos de nós estivemos com outras candidaturas no primeiro turno. Mas sabemos que num segundo turno a disputa não tem meio termo. Ou se está de um lado ou de outro. E nós, mesmo podendo ter críticas sérias ao atual governo, não abrimos mão de oferecer nossa história e nossa militância para o lado que tem compromissos muito mais sólidos com o campo progressista e os movimentos sociais.

Nosso levante das cores quer fazer brotar das ruas e das redes a resistência. Vamos nos dedicar nesses últimos dias e a partir de São Paulo, onde houve um grande avanço do conservadorismo no primeiro turno, a organizar um grande movimento para impedir o retrocesso no Brasil. Com Aécio o Brasil vai ser bem pior. E nós vamos nos organizar e trabalhar o quanto for preciso para que isso não aconteça.

Vamos ao Largo do Arouche, neste sábado, a partir das 15h, organizar nossa ação.

Somos muitos e muitas e sabemos da responsabilidade que temos!