Escola de assentamento é premiada na Mostra de Ciência e Tecnologia

Do Setor de comunicação MST/RS
Da Página do MST


Na última sexta-feira, (31/10), o projeto “Construindo Caminhos para a Valorização do Espaço em que Vivemos”, da Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Conselheiro, foi premiado com o 2° lugar na Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no eixo: Ensino Médio Politécnico, ciências sociais, comportamento e artes.

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Na última sexta-feira, (31/10), o projeto “Construindo Caminhos para a Valorização do Espaço em que Vivemos”, da Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Conselheiro, foi premiado com o 2° lugar na Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), no eixo: Ensino Médio Politécnico, ciências sociais, comportamento e artes.

A Escola está localizada no assentamento Bom Será, em Santana do Livramento (RS), e oferece desde o ensino fundamental ao médio politécnico para cerca de 200 educandos, que vivem em dez assentamentos e uma comunidade rural da região.

Como parte da premiação a Escola também ganhou uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e foi indicada para participar da 12° Feira Internacional de Ciências e Tecnologia (CIENCAP), que será realizada ano que vem, na cidade de Assunção, no Paraguai.

A premiação aconteceu num universo de quase 500 projetos de escolas de vários países. A Mostratec aconteceu em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. 

Valorização do campo

Segundo a professora da Escola, Cleide Almeida, o projeto despertou nos jovens e adolescentes uma postura de valorização das conquistas obtidas através da luta dos seus pais e uma maior preocupação com a vivência nos assentamentos. 

“A proposta da escola era desenvolver um trabalho com os educandos, voltado para a valorização do campo. Para isso procurando conhecer a história das famílias assentadas e alicerçar a concepção de educação do campo, com o projeto de Reforma Agrária Popular do MST”, esclarece Cleide.

O projeto foi desenvolvido a partir de um processo coletivo que envolveu as comunidades assentadas, a prefeitura municipal e todos os educandos e educadores da escola, desde o ensino fundamental ao médio.

Para que isso fosse possível, a escola realizou atividades de pesquisa e registros sobre a história de luta das famílias assentadas. 

Anteriormente, o projeto já havia sedo premiado em 1° lugar no eixo tecnológico do Ensino Médio, durante a Feira Estadual das Escolas do Campo (Fecitec), e em 2° lugar na Feira Regional de Ciência e Tecnologia, ambas realizadas este ano.