Juventude tranca rodovia para cobrar punição aos torturadores da ditadura

Da Página do MST


Fotos: Mídia Ninja


Cerca de 500 jovens do Levante Popular da Juventude realizaram um ato, em São Paulo, neste domingo (14), com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o relatório da Comissão Nacional da Verdade, cobrando, em especial, a punição dos torturadores da Ditadura Militar.

Da Página do MST


Fotos: Mídia Ninja

Cerca de 500 jovens do Levante Popular da Juventude realizaram um ato, em São Paulo, neste domingo (14), com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o relatório da Comissão Nacional da Verdade, cobrando, em especial, a punição dos torturadores da Ditadura Militar.

A mobilização aconteceu no km 228 da Rodovia Washington Luiz, na altura do viaduto Getúlio Vargas, na cidade de São Carlos. 

Acompanhados pela batucada, os ativistas entoaram músicas e palavras de ordem contra a ditadura, pela desmilitarização da polícia militar, pela justiça e condenação dos torturadores da ditadura.

Segundo Luiza Troccoli, militante do Levante, o ato é para cobrar e exigir a punição de todos os torturadores que mataram e ainda matam nosso povo, seja na época da ditadura, seja hoje com o genocídio do povo negro.


Em nota, o movimento disse existir “uma relação intrínseca entre a impunidade dos torturadores, a violência policial e o sistema político vigente com o processo inacabado de democratização do país. A violência do Estado ditatorial é a mesma que hoje possui em sua estrutura os autos de resistência que é um dos instrumentos que tem justificado o extermínio da juventude pobre, em especial negra, nas periferias das grandes cidades”.

No último dia 10, a Comissão Nacional da Verdade lançou seu relatório final que investigou durante dois anos o que aconteceu de 1964 a 1985, quando o último general-presidente deixou a Presidência da República.

A ação fez parte do 2° Acampamento Estadual do Levante, que reuniu 500 jovens de 30 cidades do estado. 

Os participantes debateram os temas que fizeram parte de sua atuação política do movimento nos últimos 2 anos, com ênfase na reivindicação pela reforma política e na luta por Memória, Verdade e Justiça em relação aos crimes cometidos na Ditadura Militar.