Na BA, MST participa do Dia Nacional de Luta em defesa da Petrobras e pela Constituinte

Para Sem Terra, é preciso unificar as forças para defender aquilo que o povo conquistou durante mais de 500 anos.

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Da Página do MST

Os trabalhadores rurais Sem Terra da Bahia, em marcha desde a última segunda-feira (9), participaram do Ato Político do Dia Nacional de Lutas em defesa de direitos, da democracia, da Petrobras e pela Reforma Política.

A atividade aconteceu nesta sexta-feira (13) em frente à sede da Petrobras, em Salvador, e contou com a participação de 1.200 pessoas de diversas entidades.

Cerca de 500 Sem Terra se somaram aos trabalhadores e trabalhadoras do Sindicato dos Petroleiros, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), PCdoB, Partido dos Trabalhadores (PT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Levante Popular da Juventude e Consulta Popular.

Dia Nacional de Lutas

A mobilização se insere numa conjuntura nacional marcada pelo avanço do conservadorismo e a disputa acirrada pelo poder.

Par Cedro Silva, presidente da CUT-BA, “estamos vivendo um momento de crise econômica e crise política em nosso país. As assanhas do neoliberalismo se voltam principalmente para os países que estão adotando uma política de valorização da classe trabalhadora, aumentando seus investimentos e distribuindo renda”.

Já Maíra Guedes, da MMM, acredita que a Reforma Política será o espaço de legitimação dos direitos da classe trabalhadora. “Saímos às ruas por mais direitos e por Reforma Política. Mas não é uma reforma política somente. Queremos uma Constituinte do Sistema Político. Queremos que essa reforma seja feita pelo povo brasileiro”, enfatiza.

Petrobrás

A Petrobras, uma das maiores empresas brasileiras e que tem uma das reservas de petróleo mais disputadas atualmente, como o Pré-Sal, está seriamente ameaçada pela pressão do capital internacional e corre risco de ser privatizada.

Os manifestantes diziam que a defesa de uma empresa que garanta os interesses públicos não se faz com privatização, mas sim com uma profunda reforma do sistema político.

Evanildo Costa, da direção estadual do MST, acredita que “este é o momento de unificar nossas forças e nossas categorias para defender aquilo que o povo já conquistou durante mais de 500 anos nesse Brasil. Não podemos entregar de volta na mão dos imperialistas”, conclui.