Em solidariedade à greve dos professores, Sem Terra realizam panfletagem no MS

De acordo com Jonas da Conceição, o Movimento procura demonstrar sua solidariedade e apoio aos professores e administrativos da educação de MS, em greve desde o dia 27 de maio.

web.mobilizacao_professores1.JPG

Por Karina Vilas Boas
Da Página do MST

Desde às 6h desta quarta-feira (3), os Sem Terra do estado do Mato Grosso do Sul realizam uma panfletagem na defesa da educação pública de qualidade e pela Reforma Agrária Popular.

As ações acontecem na BR-267, no distrito de Casa Verde, e na BR-262, em Terenos. Em cada ponto, há cerca de 200 militantes realizando a atividade.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, da direção nacional do MST, o Movimento procura demonstrar sua solidariedade e apoio aos professores e administrativos da educação de MS, em greve desde o dia 27 de maio.

“O MST tem uma história na luta pela educação pública de qualidade, por isso estamos com essa ação hoje, em solidariedade ao movimento que está em greve, batalhando por valorização e direitos trabalhistas”, disse.

Segundo Conceição, os Sem Terra também lutam por um estado que respeite os educadores, “que entenda que só é possível construir uma sociedade melhor se o ensino público de qualidade for a base do desenvolvimento com justiça social”, afirma.

O dirigente afirmou que o MST também aproveita a oportunidade para ressaltar que o campo não é apenas um lugar do agronegócio que expulsa famílias.

“Nossa batalha constante e histórica é por uma educação no campo que possibilite que os sujeitos envolvidos com a lida diária da terra tenha a consciência e a oportunidade de lutarem por direitos coletivos, debaterem a forma e os conteúdos dentro de uma proposta educacional, que forme pessoas críticas e transformadoras de suas realidades”, disse.

Os trabalhadores rurais também lutam para que o poder público dê mais atenção às escolas do campo, já que muitas são tratadas apenas como uma extensão urbana, sem um cuidado e um olhar especial.

“A realidade da comunidade camponesa é totalmente diferente da urbana. O ensino nos assentamentos precisam ser voltado ao desenvolvimento de valores cooperativos entre crianças, jovens e adultos, políticas públicas voltadas para uma educação mais crítica, transformadora e emancipadora”, explicou Dinho Lopes, também da direção estadual do MST.

Além disso, os Sem Terra aproveitam a ação para denunciar a paralisação da Reforma Agrária, há cinco anos estagnada no estado.