Cerca de 300 famílias ocupam o segundo latifúndio no MT em uma semana

Desta vez foi ocupada a Fazenda Mutum, em Glória D´Oeste. Mato Grosso é um dos Estados com maior índice de concentração fundiária, o que acarreta diversos problemas sociais e ambientais.

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Da Página do MST

Cerca de 300 famílias Sem Terra ocuparam na manhã desta segunda-feira (20) a Fazenda  Mutum, no município de Glória D´Oeste, em Mato Grosso, a 320 km de Cuiabá.

Os mais de 2.600 hectares pertencem a Empresa LHS como arrendatária para plantio de teca (uma árvore originária da Ásia). Segundo os Sem Terra, a área apresenta crime ambiental por desmatamento de Área de Preservação Permanente (APP) e extração ilegal de madeira, além de não cumprir a função social. Por isso pedem a desapropriação para fins de Reforma Agrária.

As famílias que participam da ocupação são oriundas de diversos municípios da Região Sudoeste do estado, como Salto do Céu, Araputanga, Mirassol D´Oeste, Curvelândia, entre outros.

Segundo as lideranças do MST, Mato Grosso é um dos Estados com maior índice de concentração fundiária, o que acarreta diversos problemas sociais e ambientais.

Alegam ainda que a ocupação é consequência da concentração fundiária e da riqueza do Estado, somado ao desemprego que avança sobre os trabalhadores e trabalhadoras.

No último dia 13 de julho, outras 600 famílias também ocuparam a Fazenda Nossa Senhora Aparecida, no município de Jaciara (MT).

Os Sem Terra permanecem na área de cerca de 2.186 hectares, que apresenta irregularidades de títulos e responde a processo por problemas ambientais movido pelo Ministério Público Estadual.