Sem Terra reforçam que este é o momento de unir forças na luta pela educação

O debate se deu no primeiro dia de encontro entre educadores do campo de Santa Catarina. A atividade é em preparação ao 2° Enera.

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Por Juliana Adriano (texto e fotos)

Nesta quinta-feira (20), cerca de 200 pessoas deram início ao Encontro Estadual de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária de Santa Catarina.

Os participantes ficarão reunidos no assentamento José Maria, em Abelardo Luz, entre os dias 20 a 22 de agosto, quando debaterão temas relacionados ao atual cenária da educação brasileira e do campo e a reforma agrária.

A atividade faz parte da preparação para o 2° Encontro Nacional de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (ENERA), que acontecerá entre os dias 21 a 25 de setembro, em Luziânia (GO). 

Estudantes, educadores, gestores escolares e diversos setores do MST contribuem neste processo. Ao encontro estadual se somam universidades, sindicatos, e outros movimentos populares do campo.

 

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Camila Munarini, do setor estadual de educação, reforçou os avanços do MST frente a educação. “Já conquistamos 1800 escolas públicas, temos 8 mil educadores e 200 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos educandos. Isso acontece pelo fato da luta do MST estar direcionado a um projeto de classe”, disse.

Irma Brunetto, da coordenação nacional do MST, tratou do potencial que encontro tem para os Sem Terra alinharem suas lutas. “A educação sempre teve destaque no MST. A educação é fundamental na formação humana, e se não estiver casada com a nossa luta ela também se deforma”.

Já Adriana Dagostini, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recordou que o ano de 2015 tem sido um ano de luta em todos os setores da educação pública, com greves sendo realizadas em níveis municipal, estadual e nacional.

Por isso que Dagostini acredita ser um momento de “unir as forças”, e o ENERA acontece num momento importante e com um papel fundamental neste processo de articulação entre os profissionais da educação.