MST ocupa Praça da Faculdade com frutos da Reforma Agrária

16ª Feira da Reforma Agrária chega a Maceió com a produção de assentamentos e acampamentos de toda Alagoas.

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Da Página do MST

A Praça Afrânio Jorge, popularmente chamada de Praça da Faculdade, no bairro do Prado, estará mais uma vez ocupada pelos Sem Terra de diversas regiões do estado de Alagoas.

O local se tornou conhecido como espaço de comercialização de produtos da Reforma Agrária, em feiras que trazem os alimentos e artesanatos dos assentamentos e acampamentos organizados pelos diferentes movimentos sociais de Alagoas.

Entre os dias 2 e 5 de setembro, a 16ª Feira da Reforma Agrária, organizada pelo MST de Alagoas, trará a fartura das roças de todo Estado para ser consumida pelas famílias da capital. 

Desde o último sábado (29/08), uma estrutura de mais de 300 barracos está sendo erguido com trabalho coletivo pelos próprios agricultores para comercializar toneladas de alimentos saudáveis.

“Estamos convidando toda a sociedade alagoana para uma grande confraternização entre campo e cidade, que há 16 anos é acolhida pela população de Maceió”, destaca José Roberto, da direção do MST. 

José Roberto ainda afirma que “a expectativa é grande e nos cobram até para que venha mais vezes. Isso dá para sentir a demanda que a cidade tem por alimentos saudáveis”, arremata.

Além de raízes, tubérculos, frutas, legumes, animais e hortaliças, grandes destaques da comercialização da Feira da Reforma Agrária, também terá experiências produtivas de diversas regiões do Estado, como o artesanato feito pela juventude de Pão de Açúcar. 

Outra atividade será a exposição do projeto Plantando Caju e Colhendo Desenvolvimento, patrocinado pela Petrobras, que potencializa a cadeia produtiva do Caju no Alto Sertão.
 

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Movimentações financeiras aquecem economia

No último ano, os trabalhadores rurais venderam mais de 600 toneladas de alimentos, tudo cultivado e produzido em convívio harmônico com o meio ambiente, numa perspectiva de transição agroecológica. A expectativa deste ano é de superação. 

“Uma família chega a movimentar entre R$ 500,00 a R$ 1.500,00 em média, com a venda de sua produção durante a Feira”, explica Ermany Dornele, que presta assistência técnica em um dos assentamentos. Todos os preços são tabelados na garantia de estarem abaixo dos convencionalmente praticados no mercado.

“Isso acontece porque se realiza a venda direta, sem um atravessador. Todos saem ganhando, o agricultor que vende e o consumidor”, garante Ermany. Durante todo o evento uma variada programação cultural e social evolve feirantes e visitantes na praça central da Feira.