Sem Terra ocupam mais fazenda em Minas Gerais

Área já tem laudo da vistoria que atesta a improdutividade da mesma.

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Da Página do MST 

 

Cerca de 100 Sem Terra ocuparam a Fazenda Talismã/Farpão, em Salto da Divisa, no Vale do Jequitinhonha, nordeste de Minas Gerais.

O imóvel ocupado fica ao lado da Fazenda Farpão/Pratinha, que está em processo de desapropriação no Instituto Nacional de Colonização Agrária – MG, desde 2010.

Essa é a terceira ocupação do MST nesse município. A primeira aconteceu em 2006, na Fazenda Manga do Gustavo, onde mais de 300 famílias acampadas.

Dessas, apenas 25 famílias estão sendo assentadas na Fazenda Monte Cristo e outras ainda aguardam a decisão do processo que define sobre a área devoluta daquela propriedade.

As demais, embora cadastradas e recadastradas pelo INCRA, seguem com o sonho de um pedaço de terras morando na cidade e/ou com fazendeiros.

Segundo militantes do MST que participaram da ação, a fazenda ocupada foi vistoriada pelo INCRA em 2010, junto com outras nove propriedades.

Apesar do laudo da vistoria atestar a improdutividade da mesma, não se tem notícias do andamento do processo de desapropriação.

 

Histórico da região

Foi nesse município também que a freira dominicana, Irmã Geraldinha, e outros militantes do MST, sofreram ameaças de latifundiários da região. 

Esse município carrega a marca de ter as terras completamente concentradas e de ser dominado politica e economicamente por duas famílias descendentes de coronéis: Cunha Peixoto e Pimenta.

Elas detém mais de 90% de todas as terras desse município. É o exemplo mais evidente do poder dos coronéis. Tudo é subjugado à lógica de uma oligarquia rural que atravessou séculos intacta e permanece com praticamente a mesma força do passado.