Em bate-papo com assentados, médico do MST fala sobre benefício da alimentação sem agrotóxico

Médicos de família fazem visita médica a comunidades, assentamentos e discutem sobre alimentação saudável e sem agrotóxicos.

Do Saúde Popular

No município cearense de Sobral, que soma um pouco mais de 200 mil habitantes, equipes de médicos trabalham em Centros de Saúde da Família (CSF) para levar assistência médica a pessoas da zona rural.

O médico de família Josiano Macedo de Lima compõe um grupo de médicos que atende cerca de 10 mil famílias através do CSF, em Aracatiaçu, distrito sobralense.

Todas as sextas-feiras, a equipe vai a assentamentos com a proposta de, além de prestar assistência médica às famílias, discutir sobre educação e saúde.

Durante a assembleia dos assentados da reforma agrária, a presença dos médicos foi solicitada e surgiu a proposta de uma conversa sobre a importância da alimentação saudável e sobre os riscos da ingestão de agrotóxico.

“O estímulo é produzir das ideias de quintal produtivo pelo menos uma fruticultura ou uma plantação de verduras, por exemplo, o que seria possível no assentamento. Trabalhamos sobre agrotóxico, o veneno da nossa alimentação”, conta Josiano.

Na avaliação do médico, o debate foi importante para fomentar a discussão e a viabilidade de pequenas plantações no assentamento, priorizando a comida orgânica e buscando alternativas para o cultivo em uma área de seca extrema.