Frente Brasil Popular promete mobilização em mais de 18 estados

Coletiva de imprensa aconteceu na tarde dessa quinta-feira (30), na sede dos Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo.

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Da Página do MST 

Representantes de movimentos sociais e centrais sindicais se reuniram na tarde dessa quinta-feira (30), na sede dos Sindicatos dos Jornalistas de São Paulo, para falarem à imprensa sobre o ‘Dia Nacional em Defesa da Democracia, da Petrobras e Contra o Ajuste Fiscal’, que acontecerá em várias capitais e municípios do país nesse sábado (3). Algumas cidades já farão o ato nesta sexta-feira (2) (Clique aqui para conferir).

Os atos chamados pela Frente Brasil Popular estão marcados para acontecer em mais de 18 estados espalhados em 30 cidades do país. 

Na coletiva de imprensa estiveram presentes João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, Douglas Izzo, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SP), Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), e Cibele Vieira, presidente do Sindicato dos Petroleiros (FUP).

Para Douglas Izzo da CUT/SP, esse é o momento do conjunto de entidades populares mostrarem ao Brasil que a Petrobrás é do povo brasileiro. 

“É preciso perceber que a Petrobrás não é um tema específico dos petroleiros, é um tema do conjunto da sociedade”, disse. Izzo também falou sobre o ajuste fiscal e a defesa da democracia. 

“Além disso, de uma forma geral, queremos mostrar para os setores conservadores, que tentam impor uma pauta de retirada de direitos, e para os setores golpistas, que não aceitam o resultado das urnas, que nós estamos nas ruas para defender os direitos dos trabalhadores e a democracia. Sem democracia não há sequer possibilidade de os trabalhadores se organizarem e reivindicarem seus direitos”.

Para João Paulo Rodrigues, o ato que está sendo composto por mais de 60 organizações “tem o símbolo da unificação de todos aqueles que defendem nas ruas a democracia, a ameaça de um golpe e a retirada de direitos da classe trabalhadora, que já em 2002 mostrou sua força e derrotou a política neoliberal”.
 

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Cibele Viera reiterou que o combate à corrupção tem servido como pretexto para o enfraquecimento da Petrobras. “Estão usando as denúncias de corrupção para abrir as portas da Petrobras aos interesses internacionais. Não estão investigando denúncias, estão roubando um patrimônio que é de todo povo brasileiro”.

Ao ser questionado sobre o fato da Frente Brasil Popular ser contra o impeachment e, ao mesmo tempo, contra os ajustes e reformas perpetrados pelo atual governo Dilma, Raimundo Bonfim, da CMP, disse que a posição da Frente Brasil Popular é muito clara. 

“Esse não é um paradoxo. Vamos às ruas defender toda e qualquer tentativa de golpe que possa ferir a Constituição brasileira. Isso não significa que somos favoráveis às políticas neoliberais que vem sendo adotadas pelo atual governo. Essa é uma luta de classes, e temos certeza de qual é o nosso lado nesta luta. Para nós a única maneira do governo sair da crise política é se alinhar as bases sociais e populares”, finalizou. 

A concentração do ato em São Paulo está marcada para às 14h Avenida Paulista, 901 – em frente ao prédio da Petrobrás.

A caminhada seguirá pela Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, Largo São Francisco e terminará com um ato político na Praça da Sé.