Em Rondônia encontro dos sem terrinha aponta o desafio de construir novos sujeitos do campo

Jornada Sem terrinha demonstra a força do Movimento e aponta as perspectivas da luta dos trabalhadores sem terra no estado.

Por Francisco Reginaldo 
Da Página do MST

Durante os dias 08 e 09 de outubro, o MST do estado de Rondônia realizou o encontro dos Sem Terrinha de forma dinâmica e direcionada em duas regionais do estado, com destaque para a região norte que abrange três assentamentos e um acampamento. 

Com o desafio de construir novos sujeitos do campo e assim dar às crianças um lugar digno para viver, a Jornada Sem terrinha demonstra a força do Movimento, mesmo diante do atual contexto de grandes enfrentamentos, e aponta as perspectivas da luta dos trabalhadores e trabalhadoras sem terra no estado de Rondônia.
 

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Realizado na cidade de Ariquemes no espaço pré-universitário, local cedido pela universidade, o encontro contou com cerca de 60 crianças, entre 07 a 12 anos vindos das escolas polos próximas aos assentamentos e acampamentos, e 17 educadores e educadoras, entre outros colaboradores militantes do próprio MST. 

Foram realizadas oficinas como: teatro, musica, capoeira, futebol, pintura, todas em parceria com outras entidades e movimentos urbanos que apoiam a luta na região.

Já na regional centro, o encontro aconteceu no CEPAC (Centro de Estudos e Pesquisa da Agricultura Camponesa), localizado no assentamento Padre Ezequiel Ramim, na cidade Mirante da Serra. 

encontro sem terrina.jpgDuas grandes escolas dos assentamentos Margarida Alves e Palmares, tiveram participação ativa no processo, somatizando aproximadamente 230 alunos do pré-infantil ao 9° ano fundamental, além da participação das escolas de outros assentamentos. No geral cerca 30 educadores e educadoras, juntamente com os militantes contribuíram na organização do evento.

“As mãos que plantam, são as mãos que lutam”

O encontro também foi palco de debate sobre a produção agroecológica, que girou em torno da construção do plano de cacau agroecológico a ser implementado nos assentamentos de Rondônia. Os espaços foram animados com muitas brincadeiras e músicas dos CDs sem terrinha, educação do campo e dos violeiros, além das dinâmicas de estudos e aprendizado que permearam a programação.