Sem Terra ocupam fazenda na região da Fronteira, no Rio Grande do Sul

A área de aproximadamente e 500 hectares é improdutiva e não cumpre com sua função social conforme determina o artigo 184 da Constituição Federal.

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Da Página do MST 

Cerca de 400 famílias Sem Terra ocupam, desde às 17 horas deste domingo (18), uma área na comunidade Madureira, no município de Santana do Livramento, região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

A área, que está localizada entre os assentamentos São João do Ibicuí e Dom Camilo, não possui denominação, tem aproximadamente 500 hectares e é improdutiva, não cumprindo sua função social conforme determina o artigo 184 da Constituição Federal.

Com a ocupação, as famílias reivindicam que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) destine a área para fins de reforma agrária.

Os trabalhadores alegam que a desapropriação da área romperia uma barreira existente no local e que dificulta a rota do transporte escolar e do escoamento da produção leiteira.

“O objetivo da ocupação é cobrar do Incra a vistoria da fazenda para comprovar a sua improdutividade e encaminhar a desapropriação para o assentamento dos Sem Terra acampados há anos na região. Ainda queremos o rompimento de uma barreira que dificulta as rotas do leite e do transporte escolar, uma vez que o proprietário não permite a circulação de pessoas no local. Assim, um trajeto de 1 quilômetro entre assentamentos se transforma em 30 quilômetros por conta de um desvio que precisamos fazer”, explica Vicente Willes, da coordenação estadual do MST.

Com o assentamento, os Sem Terra pretendem investir em verduras e leite, pois a área possui potencial para esse tipo de produção.