Organizações populares prestam solidariedade aos trabalhadores australianos em greve

O processo de mobilização já dura 17 dias e pode se estender ainda mais. Os trabalhadores dizem que continuarão até que a situação seja resolvida.

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Da Página do MST

Neste domingo (29), o MST junto a outras organizações visitou e prestou solidariedade aos trabalhadores do Sindicato de Trabalhadores dos Portos em Austrália (Maritime Union of Australia), no estado de Victoria. 

O processo de mobilização já dura 17 dias e pode se estender ainda mais. Os trabalhadores dizem que continuarão até que a situação seja resolvida.

No local do piquete, os trabalhadores bloquearam um navio da empresa de alumínio Alcoa, principal empresa responsável pela demissão de 40 trabalhadores.

Na avaliação de Lucho Riquelme, um dos coordenadores da rede de solidariedade com os povos de América Latina (Lasnet), “permitir esta arbitrariedade da empresa Alcoa seria o início de mais demissões e uma violação internacional aos direitos dos trabalhadores na Austrália e no mundo”.

Segundo Marcos Araújo, da direção nacional do MST, “a classe trabalhadora no Brasil vive um período complexo da luta de classe, e esta situação não é diferente da que eles enfrentam por aqui”. 

Para ele, o objetivo principal da empresa é substituir mão de obra australiana pela de Nova Zelândia e entorno, para reduzir seus custos de produção e ter maior taxa de lucro. “Por esta razão os trabalhadores australianos não têm outra opção que continuar com o processo de lutas”, afirma Araújo.

Para o dirigente Mapuche Jaime de Temukuikui, “é importante se solidarizar com o sindicato de trabalhadores dos portos e com a luta para manter seus empregos, pois esta política empresarial ameaça terminar com estes direitos sociais”.

No encerramento da atividade houve uma troca de bandeiras e muitos gestos de solidariedade. Araújo ressaltou que o intercâmbio de experiências “representou o fortalecimento do compromisso de classe”.