Educandos de escolas do campo constroem estufa reciclável no RS

Espaço será utilizado para a produção de hortaliças orgânicas

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Catiana de Medeiros
Da Página do MST

Cerca de 30 educadores, educandos e pais agricultores assentados da Reforma Agrária do município de Eldorado do Sul, na região Metropolitana de Porto Alegre (RS), participaram do intercâmbio para construir uma estufa reciclável a partir de técnicas da permacultura e bioconstrução.

A atividade, organizada pela Cooperativa de Trabalhos em Serviços Técnicos (Coptec), envolveu a comunidade escolar das instituições de ensino municipal Sepé Tiaraju, do Assentamento São Pedro; e estadual, Roseli Nunes, do Assentamento São Pedro II.

A estufa reciclável servirá para a produção de hortaliças na escola, sem o uso de agrotóxicos. As paredes foram construídas com garrafas pets; e a base da estufa, fixada com barro vermelho, palha de arroz e água, com tijolos reaproveitáveis. Também foram utilizados madeiras e bambus.

 

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De acordo com o gestor ambiental da Coptec, Vinícius Costa, o intercâmbio permitiu a socialização de conhecimentos do programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com as famílias dos educandos, tendo como eixo central as questões ambientais e como elas interagem na realidade da comunidade, meio ambiente e escola.

Além disso, mostrou como a reciclagem e o reaproveitamento do lixo produzido pelas famílias podem servir de matéria prima para edificações, oportunizando integração e aprendizagem de novas técnicas.

Durante o intercâmbio, cada escola recebeu cinco exemplares da Cartilha Agroecológica, da ONG Instituto Giramundo Mutuando de São Paulo. O intuito é que as instituições trabalhem o conteúdo do material com os educados.

Projeto Estufa Reciclável

O projeto estufa reciclável nasceu a partir de uma demanda da Escola Sepé Tiaraju à Coptec. Um dos objetivos do projeto é a conscientização ambiental da comunidade, o incentivo à elevação da produtividade da terra e o resgate da agricultura camponesa.

Conforme Costa, por meio da iniciativa também se buscou fortalecer a identidade do educando no campo, despertando nele o interesse pelo estudo ambiental e a permanência no meio rural, para que dê continuidade à produção de alimentos saudáveis e à preservação da natureza no lote dos seus pais.
 

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