Em Maceió, mulheres marcham por direitos sociais

Nos cartazes e faixas, as camponesas pautam a defesa de políticas efetivas para as mulheres trabalhadoras rurais, como condição de garantia de sua permanência no campo.

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Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

Sindicatos, partidos políticos, movimentos de juventude, movimentos populares e de luta pela terra realizam na manhã desta terça-feira (08), uma grande marcha pela cidade de Maceió em defesa dos direitos das mulheres, contra o golpe e pela democracia.

A concentração está marcada para às 8h na praça Centenário e, em seguida, o ato seguirá até o Palácio do Governo do estado, no Centro da Cidade.

Para Débora Nunes, da Coordenação Nacional do MST, a ação unitária entre as trabalhadoras do campo e da cidade é fundamental para ampliar as forças na denúncia ao descaso do poder público com as mulheres trabalhadoras e ressaltar o compromisso na defesa do povo alagoano.

As mulheres Sem Terra, que estão mobilizadas desde a manhã de ontem (07), com ocupações das agências do INSS e de diversas prefeituras em todo o estado, estão com acampamento montado na cidade de Maceió e somam-se nas fileiras da marcha unitária.

Nos cartazes e faixas, as camponesas pautam a defesa de políticas efetivas para as mulheres trabalhadoras rurais, como condição de garantia de sua permanência no campo, renda e vida digna.

“Mais uma vez as mulheres Sem Terra estão nas ruas de Maceió denunciando ausência de políticas públicas estruturais para o campo alagoano”, afirmou Débora. “Se na cidade já são visíveis as dificuldades que o povo vive com relação ao acesso à saúde e educação, por exemplo, no campo isso ainda é muito mais grave, é como se a gente não precisasse desses direitos ou não fossemos enxergadas pelo poder público”.
           

Com parada prevista na delegacia da mulher, as trabalhadoras Sem Terra também denunciam a violência contra as mulheres e a impunidade. “Nós não podemos lutar contra o agronegócio diariamente e permitir que as mulheres permaneçam oprimidas. Estamos permanentemente atentas e dispostas a luta para sermos sujeitas de nossa história. A luta contra a violência também é uma bandeira das Sem Terra”, destacou Margarida da Silva, do MST.
           

A marcha também pauta a defesa da democracia, contra o golpe e as emaças de retirada de direitos da classe trabalhadora, reunindo os movimentos que compõem a Frente Brasil Popular em Alagoas, reforçando esse como um importante momento de unidade da classe trabalhadora, das forças democráticas, progressistas, na luta pelas conquistas democráticas.