No Paraná, mais de cinco mil mulheres Sem Terra realizam ação na Araupel

A ação teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para o modelo destrutivo do agronegócio.

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Da Página do MST

Na madrugada desta terça-feira (8), cerca de cinco mil trabalhadoras Sem Terra realizaram uma ação relâmpago, nas dependências da empresa Araupel, em Quedas do Iguaçu, região centro do Paraná.

Vindas de todo o estado, as mulheres destruíram as mudas de eucalipto e pinus para denunciar o modelo destrutivo do agronegócio e seus impactos para o meio ambiente, como por exemplo: a expansão da monocultura de pinus e eucalipto, que transforma as terras em um deserto verde improdutivo do ponto de vista da soberania alimentar.

O MST critica os ‘deserto verde’ da monocultura de pinus e eucalipto, que destrói a biodiversidade do território, deteriora o solo, secam os rios, ocupando grandes extensões de terra, que poderiam ser utilizadas para produzir variedade de alimentos saudáveis por família a espera da reforma agrária.

As mulheres também denunciam a apropriação ilegal de terras feitas pela Araupel. No final do ano passado a justiça federal anulou as matrículas de nove imóveis que estão sob domínio da empresa, assim, segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a decisão mantém a empresa área apenas como usuária, mediante concessão de direito real de uso, isso significa que a Araupel está fazendo o papel de inquilina do imóvel e que, portanto, deve pagar pelo seu uso.

Nesse contexto, as mulheres camponesas exigem a desapropriação da fazenda de cerca de 35 mil hectares para fins de Reforma Agrária. Elas também cobram que as cerca de 10 mil famílias acampadas no Paraná sejam assentadas no estado.

A mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio”.