“Direita não luta por direitos e sim por medo de perder seus privilégios”, afirma historiadora

Cerca de cinco mil pessoas compareceram no ato em defesa da democracia ocorrido da última sexta-feira (18), em Vitória. Entre elas, a historiadora Juliana Quintela Miranda, alertou para a importância da união da esquerda

1 - manifestantes em frente a sede da TV Gazeta (foto - Danielle).jpg

Por Danielle Melo 
Da Página do MST

Na última sexta-feira (18), Vitória foi mais uma das capitais brasileiras em que o povo saiu às ruas pela democracia e pediu um basta nessa mídia fascista e sensacionalista. 

Cerca de cinco mil pessoas compareceram à manifestação cuja concentração foi em frente ao Teatro Universitário na UFES e depois seguiu em passeata pela cidade, rumo à Rede Gazeta.

Nesse contexto, a historiadora Juliana Quintela Miranda, alertou para a importância da união da esquerda neste momento de acirramento da luta de classes no cenário político brasileiro. 

“A esquerda não quer o golpe na democracia e também é capaz de se unir, lotar as ruas e mostrar que ainda existem muitas pessoas sensatas neste país. Afinal de contas, nós somos muito mais antigos que eles nesta história de ocupar as ruas e lutar por direitos. Na verdade, esses movimentos da direita não lutam por direitos, eles lutam por medo de perder seus privilégios. É como diz a frase ‘a casa grande surta quando a senzala aprende a ler’!”
 

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Já Ednalva Moreira Gomes, da direção estadual do MST, fala sobre o significado para classe trabalhadora.

“Estamos nas ruas contra a politica neoliberal e contra a perda dos nossos direitos já conquistados. A rede Gazeta tem manipulado parte da sociedade com o intuito de desmoralizar as organizações que lutam por uma reforma politica e por mudanças estruturais neste país. Queremos que a democracia seja garantida neste país”, afirmou.

Durante o ato, os manifestantes entoavam os gritos de ordem contra o golpe, a favor da democracia e contra a parcialidade da mídia. Entre eles, os mais ouvidos foram: “não vai ter golpe, vai ter luta!”, “Oh Sergio Moro, que baixaria povo na rua pedindo democracia!”, “Mídia fascista e sensacionista!”, “O povo não é besta, abaixo a Gazeta”. Também não faltaram críticas ao governador do estado, Paulo Hartung. Para ele pode-se ouvir cantos fazendo referência às políticas educacionais adotadas pelo governador do PMDB no Espírito Santo. 

Estiveram no ato Movimentos sociais e organizações como o MST, Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Levante Popular da Juventude, Sindicatos da Orla Portuária (CTB), Docentes e Discentes da UFES, estudantes de ensino médio, além dos representantes de movimentos feministas, negro, LGBT entre outros.
 

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