Seminário marca construção de proposta da Universidade Camponesa no Sergipe

Educadores e representantes de movimentos sociais se reuniram para debater os princípios, propósitos, objetivos e a proposta político-pedagógica da Universidade
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Foto: Pedro Zucon

Por Luiz Fernando
Da Página do MST

Com o objetivo de implantar a Universidade Camponesa no estado de Sergipe é que, nos dias 17 e 18 de março, educadores e representantes de movimentos sociais se reuniram para debater os princípios, propósitos, objetivos e a proposta político-pedagógica da Universidade.

A iniciativa surgiu de grupos pertencentes aos movimentos sociais e teve uma iniciativa por parte do mandato popular do deputado federal João Daniel (PT/SE), que elaborou um projeto de lei para a criação da Universidade Camponesa do Brasil.

A metodologia perpassa por um espaço de convergências das experiências, um local de intensa troca de conhecimento, mas também de produção de um novo conhecimento entrelaçado à demanda e à realidade, onde serão geradas e experimentadas soluções de problemas comuns ao campo que impulsionem a autonomia camponesa.

“É uma proposta nova, diferente de tudo que existe no Brasil. É uma universidade com perfil próprio, mas estamos bebendo no exemplo da UFFS e de todos os avanços conquistados por ela”, ressalta Marilia Fontes, do MST no Sergipe.

A ideia é que a Universidade seja um espaço dos camponeses para os camponeses; as aulas serão facilitadas por educadores populares e pelos próprios camponeses, por meio da acreditação e do reconhecimento de saberes, tendo como principio o diálogo entre os conhecimentos popular e acadêmico.

Serão ofertados cursos nas diversas áreas e dimensões da vida para jovens camponeses, produtores familiares, trabalhadores rurais e sem-terra assentados da reforma agrária, agentes de desenvolvimento, educadores e lideranças de base.

Esse foi o primeiro seminário, após as reuniões iniciais que tiveram como objetivo nivelar o entendimento e construir o espaço. Deste seminário foram montados dois grupos: Um irá construir o projeto político-pedagógico que será apresentado ao MEC; e o outro que fará a mobilização política nos territórios, organizando debates com a juventude sobre as demandas dos jovens organizados em movimentos sociais.

Participaram do seminário Antônio Andriolli, vice-reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), e representantes do mandato João Daniel (PT/SE), INCRA, FETASE, Rede Sergipana de Agroecologia (RESEA), Núcleos de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET), Núcleo de Agroecologia da EMBRAPA, Centro Comunitário de Formação em Agropecuária Dom José Brandão de Castro (CFAC), Comitê de Educação do Campo, Territórios da cidadania e militantes do MST, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e  Movimento Camponês Popular (MCP).