Em reunião com presidenta Dilma, movimentos sociais reafirmam compromisso com a democracia

É consenso entre as organizações camponesas que o golpe produzirá uma ruptura democrática com consequências terríveis para os trabalhadores do campo e da cidade, além de abrir caminho para a retomada do projeto neoliberal no Brasil.

Da Página do MST 

Na manhã desta quarta-feira (30), o MST juntamente com organizações da Via Campesina e os principais movimentos do campo e da floresta, Movimento dos Pequenos agricultores (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento Camponês Popular (MCP), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Conselho Nacional de Saúde (CNS) e centrais sindicais, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (FETRAF) e Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), se reuniu com a Presidenta Dilma Roussef e seus ministros no Congresso Nacional, em Brasília. 

Durante a reunião, os movimentos reafirmaram o compromisso com a democracia e a disposição de se manterem mobilizados nas capitais e no interior do país contra o golpe em curso.

É consenso entre as organizações camponesas que o golpe produzirá uma ruptura democrática com consequências terríveis para os trabalhadores do campo e da cidade, além de abrir caminho para a retomada do projeto neoliberal no Brasil.

Porém, a denúncia dos erros da política econômica do primeiro ano do segundo mandato Dilma e o completo abandono por parte do governo da Reforma Agrária e das políticas para agricultura camponesa, também foi unitária.

Nesse sentido, as organizações exigiram uma mudança estrutural da política agrária do governo, para que ela se inicie imediatamente e se intensifique após a vitória contra o golpe.

De imediato, a Presidenta se comprometeu a priorizar a liberação de recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para a Reforma Agrária, o que deve ser operacionalizado nas próximas duas semanas.

E, superada a batalha do golpe, assumiu o compromisso de reformular todo o governo e recolocar a questão agrária como uma das prioridades, em diálogo permanente com os movimentos do campo e da floresta.