Parlamentares se comprometem com a Reforma Agrária e a defesa da democracia

De acordo com João Pedro Stedile, da direção do MST, o momento de crise política exige a união da classe trabalhadora para a construção de um outro modelo de desenvolvimento.

Da Página do MST 

 

Na manhã desta quarta (30), parlamentares comprometidos com a luta pela Reforma Agrária participaram de um café da manhã promovido pelo MST.

A atividade também reuniu personalidades defensoras da democracia, tais como o integrante da Confederação dos Bispos do Brasil, Dom Guilherme Werlang e o ex-presidente da OAB, Cézar Britto.

De acordo com João Pedro Stedile, da direção do MST, o momento de crise política exige a união da classe trabalhadora para a construção de um outro modelo de desenvolvimento.

“Sabemos que as causas da crise extrapolam o Governo, são próprias do sistema capitalista, e que não são resolvidas em curto prazo. No entanto, não vamos aceitar golpes à democracia e a reação da sociedade já está acontecendo”, afirmou.

Para a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B- AM), o parlamento vive uma disputa de projetos diferentes e contraditórios: os que defendem a redução de direitos dos trabalhadores, numa agenda neoliberal; e os que defendem a continuidade dos investimentos em projetos sociais.

Mesmo com o cenário de disputas, a senadora disse estar “impressionada com capacidade de reação do povo brasileiro”.  

Segundo o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), o momento político não permite vacilações. “O golpe também significa a criminalização dos movimentos sociais, retrocessos na liberdade de expressão, significa a aprovação de leis que vão de encontro às leis trabalhistas”, resumiu Pimenta.

Para o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), o que está em jogo são os valores humanistas da sociedade. “É necessário unir forças embaladas por valores humanizantes para combater os que advogam o mundo do jeito que está”, disse.

Cézar Britto, por sua vez, fez uma dura crítica à tentativa de quebra das garantias constitucionais. Para o ex-presidente da OAB, há um enfrentamento direto ao discurso moralista nas lutas voltadas à defesa da democracia.

“A Constituição observa as regras para o impeachment. Sem observar estas regras, estamos diante de um golpe”, salientou.

Participaram do café da manhã os deputados Marcon (PT-RS), Paulão (PT-AL), Odorico (PROS-CE), Paulo Pimenta (PT-RS), Wadih Damous (PT-RJ), Nilmário Miranda (PT-MG), Orlando Silva (PC do B-SP), Zé Carlos (PT-MA), Nilto Tatto (PT-SP), Bonh Gass (PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ), Valmir Assunção (PT-BA), Edmilson Rodrigues (PSOL-PA), Padre João (PT-MG), João Daniel (PT-SE), Jandira Feghali (PC do B- RJ) e os senadores Humberto Costa (PT-PE), Vanessa Grazziotin (PC do B- AM) e Fátima Bezerra (PT-RN).