Sem Terras sofrem com ameaças em Rondônia

Em todos os contatos com as forças policiais do Estado, as famílias disseram claramente que o objetivo principal era se organizar para que o direito à terra fosse alcançado através de luta e reivindicação.

 

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Da Página do MST 

No dia 8 de julho de 2013 o MST deu inicio a um acampamento nas margens da rodovia estadual 140, km 04, que liga a BR 364 ao município de Cacaulândia, Rondônia.  

O Objetivo do acampamento foi organizar as famílias e apresentar as demandas relacionadas à Reforma Agrária no estado aos órgãos do governo federal e estadual.

O acampamento está localizado em frente as Fazenda Quatro Cachoeiras e Fazenda Nova Vida, cujo proprietário é João Arantes Neto. 

Em todos os contatos com as forças policiais do Estado, as famílias disseram claramente que o objetivo principal era se organizar para que o direito à terra fosse alcançado através de luta e reivindicação coletiva perante o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Mesmo assim, o Juiz Edilson Neuhas da comarca de Ariquemes, aceitou um pedido relâmpago do “dono” da fazenda através do advogado Severino José Peterle, que expediu um mandato em cumprimento a liminar (interdito proibitório), mostrando mais uma vez a eficiência do poder judiciário para com os latifundiários da região.

O interdito proibitório revelou informações importantes, uma imensa área de terra concentrada nas mãos de apenas uma pessoa. A fazenda Agropecuária Nova Vida LTDA possui 14.471,7219 Hectares. 

Se esta área fosse usada pela agricultura camponesa, seria suficiente para assentar 1.205 famílias, garantindo 12 hectares de terra para cada família, área suficiente para produzir alimentos e garantir em media 4.823 empregos de forma direta.

Durante o ano de 2014/2015 as famílias Sem Terra sofreram com diversas agressões. 
Exemplo disso foi a agressão sofrida no dia 2 de março, quando cinco jagunços entraram no acampamento agredindo e ferindo três pessoas.