Alunos de escola ocupada entregam pauta de reivindicações ao governo do RS

Os estudantes manifestam sua indignação diante a situação em que se encontra a educação pública no Estado e exigem comprometimento do governador José Ivo Sartori (PMDB) para atender as reivindicações.

 

 

Catiana de Medeiros
Da Página do MST

 

Alunos que ocupam a Escola Estadual de Ensino Médio Nova Sociedade, localizada no Assentamento Itapuí, em Nova Santa Rita, na região Metropolitana de Porto Alegre (RS), entregaram na última semana uma pauta de reivindicações para a 27ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), no município de Canoas.

No documento, os estudantes manifestam sua indignação diante a situação em que se encontra a educação pública no Estado e exigem comprometimento do governador José Ivo Sartori (PMDB) para atender as reivindicações em prol de um ensino de qualidade.

“Sabemos que não estamos sozinhos, pois esta é a realidade da maioria das escolas públicas do Estado do RS. Por isso, queremos reafirmar nossa intenção de continuarmos mobilizados e atentos, na luta e na rua, mobilizando nossas comunidades escolares, para que não aceitemos esta situação de desvalorização da educação em nosso estado e país. Educação é direito, condições e dever, pois pagamos muitíssimos impostos e temos direitos ao retorno para uma escola e uma educação de qualidade”, diz trecho do documento.

Segundo os educandos, a Nova Sociedade enfrenta problemas de várias ordens, que atingem diretamente e indiretamente toda a comunidade escolar, como a falta de valorização e respeito aos educadores que têm seus salários parcelados e a ausência de repasses de recursos para manutenção e merenda. Neste sentido, os alunos pedem a continuidade do projeto de reforma e ampliação da escola, que foi arquivado pelo atual governo, o fim do parcelamento de salários e a solução para todas as precariedades.

Ocupação

A Nova Sociedade atende 320 alunos nas modalidades ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), e foi ocupada no último dia 16 de maio. Desde então, os educandos pressionam o governo do Estado para resolver os problemas enfrentados na instituição e realizam diversas atividades de formação. Esta semana continua a ocupação, mas os alunos terão aula normal.

 

 

*Editado por Rafael Soriano