MST ocupa reserva ambiental de Pinos, em Santa Catarina

Segundo o coordenador do Movimento, “terras cobertas por pinos não cumprem com a função social e devem ser destinadas para a Reforma Agrária”.

IMG_1283.JPG

 

Por Fábio Reis
Da Página do MST

 

Famílias Sem Terra em Santa Catarina ocuparam mais um latifúndio na madrugada deste sábado (04). A ocupação ocorreu na Floresta Nacional de Chapecó, que fica localizada na divisa com o município de Guatambu próximo a SC-283 e tem cerca de 1600 hectares.

Cerca de 500 famílias montam os barracos e relatam que há uma grande expectativa de mais famílias se somarem nessa batalha, já que, cerca de 800 hectares da floresta é formada por pinos e, segundo o coordenador do Movimento, “terras cobertas por pinos não cumprem com a função social e devem ser destinadas para a Reforma Agrária”.

O Movimento pretende fazer da área um local de referência, respeitando a parte em que existe de fato preservação ambiental, como no caso da mata nativa, e no restante as famílias pretendem trabalhar sem uso de agrotóxicos preservando a natureza.

As famílias vieram de várias regiões do estado, do Oeste, Meio Oeste e Extremo Oeste. No domingo pela manhã o acampamento recebeu a visita do prefeito de Guatambu, Pedro Borsói e comentou que os prefeitos tem que governar para todos e está disposto a contribuir no que for preciso.

 

IMG_1363.JPG
Prefeito de Guatambu, Pedro Bórsoi, em visita ao novo acampamento.

“A área foi criada ainda no período da ditadura militar por volta de 1968, para fazer experiência com pinos, nesse sentido, semearam as árvores”, comenta Vilson Santin da direção do MST.

A proposta do MST é que o governo retire as árvores exóticas e as reutilize para a construção de moradias populares, destinando as terras para a Reforma Agrária. “Quando falamos no comércio da região que estamos acampados na área da reserva, as pessoas relatam total apoio, pois também não admitem os pinos como reserva”, complementa Santin.

 

 

*Editado por Rafael Soriano