Maricá realiza 1º Festival Internacional da Utopia, com diversas atividades gratuitas

Evento terá apresentações culturais e participação de intelectuais nacionais e internacionais

 

 

Victor Ohana
Do Brasil de Fato/RJ

 

Reunir pessoas que acreditam e lutam por um mundo melhor é o principal objetivo do 1º Festival Internacional da Utopia, que será realizado no município de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O megaevento acontece entre os dias 22 e 26 de junho, com diversas atividades culturais, intervenções artísticas e debates. Tudo de graça.

A organização espera cerca de cinco mil visitantes. Estima-se ainda que pelo menos duas mil pessoas acampem no evento. Militantes, trabalhadores, artistas e juventudes de 36 países, como Cuba, Vietnã, Índia, China e Venezuela, também estarão presentes.

Outro ponto importante são as atrações. Grandes figuras brasileiras como a sambista Beth Carvalho, a banda Detonautas e o rapper Emicida participarão do evento. Entre as atrações internacionais, estão a filósofa socialista e militante negra Angela Davis e o escritor e ativista paquistanês Tariq Ali.

Um Festival pela democracia

Idealizado pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, e pelo atual prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT-RJ), o Festival da Utopia promoverá espaços com várias temáticas. Um deles é a Tenda dos Pensadores, onde ícones da política e da cultura levantarão discussões importantes sobre a sociedade em que vivemos.

O festival também terá espaços como o Encontro Nacional de Teatro Político, o Encontro Nacional de Jovens em Luta e a Tenda da Diversidade. Haverá ainda a Feira da Reforma Agrária da Economia Solidária, com comercialização de produtos sem agrotóxicos, e a Feira Literária organizada pela Frente Brasil Popular.

Para o membro da coordenação nacional do MST e um dos organizadores do evento, Felinto Procópio, de 48 anos, o Festival da Utopia é muito mais do que um evento cultural. “O festival deixa de ser apenas uma atividade cultural para se tornar uma trincheira para a defesa da democracia”, diz o realizador. “Queremos mostrar que é possível construir um mundo melhor segundo a perspectiva dos trabalhadores. Assim, a utopia deixa de ser um sonho para ser algo concreto”, completa.