Feira da Reforma Agrária e Economia Solidária comercializa mais de 90 toneladas de produtos no Festival da Utopia

Uma programação cultural recheada de muita música e arte, seminários de formação e uma área de alimentação destinada à Culinária da Terra serão outros atrativos presentes na Feira.

 

 

Por Maria Aparecida
Da Página do MST

 

Durante os dias 22 a 26 de junho acontece em Maricá, cidade litorânea do Rio de Janeiro, o I Festival Internacional da Utopia. Organizado em parceria com redes culturais e movimentos sociais,  como MST, Levante Popular da Juventude, Fora do Eixo e outros, o Festival tem realização da Prefeitura Municipal de Maricá.

Na programação, diversas atividades gratuitas e abertas a toda sociedade. Dentre as atividades, estará a Feira da Reforma Agrária e Economia Solidária Paulo Kageyama. O evento pretende comercializar mais de 90 toneladas de produtos oriundos de assentamentos do próprio MST e da Economia Solidária, além de artesanatos produzidos nesses espaços.

Uma programação cultural recheada de muita música e arte, seminários de formação e uma área de alimentação destinada à Culinária da Terra serão outros atrativos presentes na Feira.

A estimativa é que 200 agricultores e agricultoras das cooperativas de sete estados em que o MST está organizado e integrantes de organizações vinculadas à Secretaria de Economia Solidária estejam presentes na feira divulgando e comercializando suas produções à população maricaense e aos participantes do Festival.

Para Adalberto Oliveira, do Setor de Produção do MST, feiras como esta são muito importantes, principalmente porque “rompem a lógica do mercado convencional e o diálogo se dá, diretamente, entre produtor e consumidor. Ambos ganham, por venderem e acessarem mais facilmente produtos de qualidade a um preço justo”.

Andréa Matheus, também do Setor de Produção do MST, reafirma e coloca ainda outras questões importantes sobre a realização das feiras da Reforma Agrária de maneira geral e desta no Festival da Utopia. “As feiras da Reforma Agrária e Economia Solidária trazem a pauta da importância da produção de alimentos agroecológicos para a população, bem como coloca a necessidade da Reforma Agrária na pauta do dia. Neste espaço, tem uma importância ainda maior porque dialoga com os temas centrais do Festival.”

Homenagem

Nesta edição, a Feira homenageia o agrônomo, professor e militante da Reforma Agrária Paulo Kageyama, falecido no mês passado. Paulo Kageyama era professor titular da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP), membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e consultor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.

“Nada mais justo do que essa homenagem, já que ele sempre acreditou e pautou a importância e necessidade da realização da Reforma Agrária no Brasil, assim como da produção agroecológica nos assentamentos já consolidados”, reforça Andréa Matheus. “A construção destes processos define fortemente o pensamento do companheiro Paulo Kageyama para a agricultura brasileira”, finaliza.

 

 

*Editado por Rafael Soriano