Juventude Sem Terra realiza festival junino em AL

Jovens de diversas partes do estado organizaram suas quadrilhas juninas que tinham como tema a produção de alimentos saudáveis.
IMG_0089 (1).JPG

 

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

 

Com fogueira, bandeirinhas, comidas típicas, roupa quadriculada e muito forró pé-de-serra, o Coletivo de Juventude do MST em Alagoas realizou na última terça-feira (5), o Festival Junino da Reforma Agrária Popular, celebrando a produção de alimentos saudáveis pelas mãos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Jovens de diversas partes do estado organizaram suas quadrilhas juninas que tinham como tema a produção de alimentos saudáveis para animar o arraiá que aconteceu no município de Atalaia, Zona da Mata Alagoana.

 “Foram vários meses de ensaio, onde os jovens assentados e acampados tiveram o desafio de formar as quadrilhas e usar a criatividade para nas músicas, palavras de ordem, coreografia, figurino, trazer o tema da alimentação saudável”, disse Izaias Torres, do Coletivo Estadual de Juventude do MST.

Para Izaias o processo de organização das quadrilhas foi muito rico, por ter possibilitado que a juventude refletisse sobre a temática da produção de alimentos e inserir as reflexões na apresentação, “o Festival além de ter sido uma boa forma de unir a juventude das áreas, a partir da aproximação dos jovens nos coletivos de juventude e do desafio e tarefa da produção de alimentos saudáveis”, finalizou.

O Festival, que em Alagoas integra a Jornada Nacional Cultural Alimentação Saudável é um Direito de Todos, movimentou diversas palhoças pelas áreas de acampamento e assentamento no estado, onde a juventude levou a tradição dos festejos juninos no Nordeste, como a festa da colheita e da fartura dos agricultores e agricultoras em suas diversas dimensões: a dança, a música, as brincadeiras, as comidas tradicionais e etc.

“O envolvimento da juventude mostrou através da arte, da criatividade e da organização que para ter uma alimentação saudável é preciso ter acesso a alimentos produzidos também de forma saudável”, ressaltou Silvania Soares, do Setor de Educação do MST. “Longe dos agrotóxicos, o Festival de Quadrilhas representou através da dança, mais que uma diversão, um verdadeiro contraponto ao modelo do agronegócio, em uma ótima relação das festas junina com a fartura da roça, a colheita e a vida no campo.

“Os Coletivos de Juventude se dedicaram em cada um dos detalhes de suas apresentações. Cada quadrilha com seu estilo, mas que com muita animação e criatividade levaram para o arraiá a importância de termos uma alimentação livre do uso dos agrotóxicos”, destacou Nynna Souza, do Setor de Educação e do Coletivo Estadual de Juventude do MST.