Jornada Unitária Campo e Cidade no Espírito Santo: por nenhum direito a menos

Aproximadamente 700 camponeses do Espírito Santo realizam culto ecumênico as margens do Rio Doce em Colatina, ES.

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Por Danielle Melo
Da Página do MST

 

O MST, juntamente com a Via Campesina e outras oito entidades do estado do Espírito Santo, do campo e da cidade, se reuniram hoje (11) para dar inicio a Jornada Unitária Campo e Cidade: por nenhum direito a menos, que objetiva  dar visão à crise hídrica que comprometeu em média 70% da produção agrícola da região.

Aproximadamente 700 camponeses do Espírito Santo realizam culto ecumênico às margens do Rio Doce em Colatina e saíram em marcha pelas ruas da cidade até a sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), onde foi montado um acampamento permanente.

A Jornada tem como pauta principal a anistia das dívidas oriundas do financiamento agrícola, o crédito subsidiado emergencial e a implementação de um programa estadual de recuperação ambiental. Mas também está denunciando o crime ambiental que ocorreu em Mariana – MG, que completou oito meses no ultimo dia 05/07, causado pelas empresas Samarco/Vale/BHP-Billiton.

Pedindo a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a revitalização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), lutando pela previdência social, pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que esse ano teve um corte no orçamento, contras as medidas impopulares do presidente interino e lutando pela democracia, os movimentos se mantém na mobilização.

Questionado sobre a importância da Jornada, o agricultor e militante do MST, Dimas Pereira de Melo, afirma que “ a importância dessa atividade , é além da luta, ver a mobilização e unidade dos trabalhadores do campo e da cidade. E cresce em nós a esperança de sensibilizar as autoridades para que atenda nossas reivindicações, mostrando com essa ação a nossa força e levando para a população as consequências dessa crise hídrica, do crime ambiental da Samarco contra o Rio Doce”.

Durante a jornada, acontecem lutas e, principalmente, formação para os trabalhadores. A jornada vai continuar até o Governo do Estado e os bancos se posicionem em relação à pauta, enquanto isso o acampamento vai permanecer montado na Conab.

 

 

*Editado por Rafael Soriano