Em nota, MST repudia ação violenta da Policia Militar de SP

As famílias Sem Terra reivindicam para a Reforma Agrária a área destinada para a venda da Estação Experimental de Zootecnia, a fim de assegurar sua efetiva função social.

 

Da Página do MST 

 

A direção regional do MST, de Ribeirão Preto, em São Paulo vem a público esclarecer que a ocupação da Estação Experimental de Zootecnia ocorreu de modo pacífico e sem quaisquer formas de violência por parte das 250 famílias de trabalhadores Sem Terra. 

Violento foi o modo como a Polícia Militar do Estado de São Paulo abordou as famílias de Sem Terra, impondo seu despejo da área sem qualquer ordem judicial para tanto; fechando as vias de acesso ao local, cerceando e obstruindo, de modo truculento, o direito de advogados e jornalistas de exercerem sua profissão e chegarem até local, como foram os casos da Dra. Flávia Meziara, do Dr. Paulo Merli Franco, agredido fisicamente por policiais, de Galeno Amorim, detido e algemado, e da Deputada Estadual Márcia Lia, impedida de se deslocar até a área, mesmo em veículo oficial da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Ressaltamos que a fazenda em questão consta do PL 328, de abril de 2016, cujo objetivo é privatizar 79 propriedades do Estado que, de acordo com estudo do Conselho de Patrimônio Imobiliário, não estão sendo utilizadas.

Deste modo, as famílias do MST reivindicam para a Reforma Agrária a área destinada para a venda da Estação Experimental de Zootecnia, a fim de assegurar sua efetiva função social.

Defendem, assim, o patrimônio público ante a privatização e a especulação imobiliária que tanto assolam a economia brasileira. E lutam, ainda, pelo uso produtivo e social da terra, como meio para produção de alimentos saudáveis, sem uso de agrotóxicos e sem danos a natureza.

 

Direção Regional do MST de Ribeirão Preto, 18 de julho de 2016.