Sem Terra são despejados de maneira arbitrária no oeste baiano

A direção do Movimento no estado repudia as contradições do modelo de produção do agronegócio, com ênfase as desigualdades sociais e aos impactos ambientais provocados pelos monocultivos da soja.

 

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Na última quarta-feira (13), cerca de 1400 Sem Terra foram despejados do Acampamento Capitão Lamarca, localizado na fazenda Dona Júlia 2, em Barreira, no anel da soja do oeste baiano.

O MST denuncia que o método adotado pela Polícia Militar e por uma equipe das Rondas Especiais (Rondesp – BA) foi arbitrário e desumano, tendo em vista, que a após a entrega da liminar de despejo foi dado o prazo de apenas 10 minutos às famílias para desocuparem a área.

Muitos objetos pessoais ficaram para trás e em seguida tratores passaram por cima dos barracos. Além disso, os trabalhadores que estavam registrando a ação com seus celulares foram impedidos de tirar fotos.

A operação foi comandada pelo capitão Gama que puxou uma escolta armada às famílias gerando um sentimento de intimidação e medo. Diversas conversas foram realizadas com a coordenação do acampamento com a polícia, o que não garantiu um acordo.

A região oeste do estado da Bahia é um dos centros do agronegócio, onde as forças conservadoras e o método coronelista se mantém vivos.

A direção do Movimento no estado repudia as contradições do modelo de produção do agronegócio, com ênfase as desigualdades sociais e aos impactos ambientais provocados pelos monocultivos da soja.

Após despejo, as famílias montaram acampamento fora da fazenda, com o objetivo de permanecerem mobilizados e em denuncia a improdutividade da área.