Educadores debatem o papel da escola na construção de uma nova sociedade

A atividade discutiu a construção da educação do campo como instrumento de fortalecimento da identidade camponesa e apontou os desafios encontrados no seu processo de construção.
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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Entre os dias 27 e 29 de julho, cerca de 35 educadores e educadoras do campo, pertencente ao coletivo de educação do estado da Bahia, realizaram um amplo espaço de formação e planejamento na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, localizada no Prado, Extremo Sul da Bahia.

A atividade discutiu a construção da educação do campo como instrumento de fortalecimento da identidade camponesa e apontou os desafios encontrados no seu processo de construção.

Para isso, os educadores debateram e analisaram o atual cenário político e a realidade da educação do campo nas áreas da Reforma Agrária. Além disso, aprofundaram os estudos sobre a agroecologia e a educação do campo como instrumentos de fortalecimento da identidade camponesa.

Zena Figueiredo, do setor de educação do MST, falou da importância da educação do campo na construção da agroecologia e denunciou o projeto “Escola Sem Partido” como mais uma articulação da classe dominante contra a classe trabalhadora. “Temos muitos desafios a superar diante da atual conjuntura, sendo o principal deles esse projeto que vai contra a proposta de educação do campo que defendemos”.

“O objetivo do projeto ‘Escola Sem Partido’ é de silenciar a classe trabalhadora e impedir o desenvolvimento da diversidade cultural. Vem como um contraponto a tudo que foi construído até hoje no processo de liberdade de expressão e de cultura dentro das escolas”, denunciou Figueiredo.

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Nesse sentido, os educadores afirmaram que as escolas do campo são fruto das lutas dos Movimentos Sociais Populares que historicamente resistem as diversas formas e táticas de domínio do capital.

Para Eles, o capital quer se apropriar totalmente das escolas e com isso impor práticas pedagógicas e programas de educação elaborados e aplicados por empresas privadas do agronegócio e patronato Rural.

Pensando nisso, reafirmaram a construção de uma escola do campo que traz em seu germe o grito dos povos excluídos e que a escola seja capaz de valorizar os conhecimentos que contribuam numa nova forma de vida, baseado na justiça social.